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BC mantém juros a 6,5% ao ano, e taxa segue no menor nível histórico

Fonte: UOL

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (20) manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. É a terceira vez em que os juros estão neste nível.

Em março, houve queda de 6,75% para 6,5% ao ano, patamar que foi mantido nas reuniões de maio e desta quarta. Ainda assim, os juros continuam em seu menor nível desde que o Copom foi criado, em 1996, e a poupança segue rendendo menos.

A decisão, que foi unânime, veio dentro do esperado pelo mercado. Dos 36 economistas consultados pela agência de notícias Reuters, 37 previam a manutenção da taxa. Apenas um especialista esperava aumento de 0,5 ponto percentual na Selic.

A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.

Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial atingiu em abril 321% ao ano, em média. Os juros do rotativo do cartão de crédito ficaram em 331,6% ao ano, em média.

Taxa caiu de 14,25% para 6,5% ao ano
Em outubro de 2016, o BC deu início a uma sequência de 12 cortes na Selic, que foi interrompida em maio. Neste período, a taxa de juros caiu de 14,25% ao ano para 6,5% ano.

Juros x inflação
Os juros são usados pelo BC como uma ferramenta para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo.

A meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto para cima e para baixo, ou seja, pode variar entre 3% e 6%. Segundo os dados mais recentes do IPCA, referentes a maio, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 2,86%, portanto, abaixo da meta do governo.

Economistas afirmam que a inflação deve acelerar um pouco devido à greve dos caminhoneiros, que praticamente paralisou diversos setores e elevou os preços de alimentos e outros produtos, mas isso não deve ser suficiente para causar grandes mudanças na política de juros.

(Com agências de notícias)