O leilão será marcado para o dia 21 de maio, informou o executivo. Segundo ele, mesmo com as mudanças no governo por conta das eleições, que obrigaram o governo a substituir vários ministros, ele ficará no cargo.

“Eu tenho mandato na companhia e tenho compromissos que preciso resolver, tenho muita coisa para fazer”, afirmou Ferreira Jr. a jornalistas depois da posse do ex-ministro do Planejamento e atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira.

Ele confirmou que as seis distribuidoras serão vendidas no primeiro semestre do ano e a data mais provável é que seja no dia 21 de maio. Já a pulverização das ações da estatal, que ainda depende de autorização do Congresso, ficará para o final do ano.

“A companhia foi criada por lei. Por essa lei, o governo tem que acompanhar o aumento de capital, tem que ser aprovado [pelo Congresso] para poder flexibilizar”, explicou. “O governo precisa da autorização do Congresso para não acompanhar o aumento de capital, que deverá ficar em torno dos R$ 12 bilhões. Se esse valor for confirmado, o governo passará a ter 43%, contra mais de 60% atualmente”, informou.

Também terá que ser submetido ao Congresso a mudança do atual regime de cotas das usinas hidrelétricas da Eletrobras para o regime de produtora independente de energia, lembrou.

Ferreira Jr. disse ainda que, com a mudança de data da privatização das distribuidoras, que seriam vendidas no dia 4 de maio, o leilão das 70 participações da Eletrobras também terá que mudar de data.

MinistroO setor recebeu com cautela a nomeação do então ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco (MDB-RJ), para a Pasta de Minas e Energia (MME).

Isso porque há o receio de que o projeto de privatização da Eletrobras não vá para frente conforme o mercado espera. No entanto, a escolha de Moreira Franco “é positiva” para os planos do governo de privatizar a companhia, disse Ferreira à Reuters. “Ele é comprometido com o projeto [de desestatização]. O Moreira tem importância política e poder para mover a privatização”, complementou, ao ser questionado sobre a substituição na Pasta, após o ex-titular Fernando Coelho Filho deixar o cargo para disputar eleições.

O presidente da Eletrobras disse ainda que segue no cargo e comprometido com a modernização da companhia.

“Tenho muito trabalho em curso e aposto que vamos ter condições de seguir com o projeto maior, que é o da democratização do capital [privatização] da Eletrobras”, adicionou.