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Funcionários da Valtra mantêm greve

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Trabalhadores optaram pela continuidade da paralisação / Foto: Jonny Ueda

Fonte: O Diário de Mogi

Sem acordo referente à revisão do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados, cerca de 600 funcionários da fábrica de tratores Valtra, em Braz Cubas, entram hoje (26) no terceiro dia de greve. Ontem, a empresa solicitou a retomada das atividades fabris para reabrir as negociações, mas, em assembleia, os trabalhadores optaram pela continuidade da paralisação.

Conforme explica o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes e Região, Silvio Bernardo, a Valtra havia concordado em pagar R$ 4 mil a cada um dos 800 funcionários da planta mogiana, condicionado à meta de fabricação de 15,8 mil tratores. O sindicalista afirma que demissões ocorridas durante o ano, concessão de férias coletivas e redução no número de produtos acabaram tornando a meta inatingível. No período, foram feitos 12,1 mil tratores, 76% do total esperado.

Bernardo conta que a empresa efetuou o pagamento de R$ 1,6 mil em julho do ano passado e se comprometeu a pagar uma segunda parcela de R$ 700,00. “Isso é metade do que tinha sido combinado. A gente quer que eles paguem pelo menos a proporção do que foi fabricado. Nós vamos continuar lutando. A Valtra prefere perder R$ 3 milhões por dia em que fica parada do que resolver o problema dos trabalhadores, que vai custar R$ 1,2 milhão no máximo”, ressalta.

Em nota, a AGCO, empresa controladora da marca Valtra, afirma que “segue trabalhando para resolver a situação e normalizar a rotina”. Por ser de capital aberto, a empresa não confirma o valor do prejuízo. “A AGCO tem um compromisso sério com seus colaboradores e reconhece sua importância para a companhia e o desenvolvimento agrícola do País”, finaliza. (Danilo Sans)