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IndustriAll realiza em Bogotá a 2ª reunião regional do projeto de gênero

As dirigentes metalúrgicas Mônica Veloso (vice-presidente da CNTM e membro da executiva da IndustriAll) e Maria Euzilene Nogueira, Leninha (diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo), participam em Bogotá, Colômbia, com outras companheiras brasileiras de um Seminário Regional de Gênero promovido pela IndustriAll Global, sob a coordenação de Marino Vani e Laura Carter, da Oficina Regional da IndustriAll (América Latina e Caribe), em conjunto com a ong sueca Union to Union.

Participam 25 dirigentes de 11 países da América Latina e Caribe, representando 23 organizações nacionais, com a finalidade de avançar a construção de políticas de gênero em níveis local, regional, nacional e internacional. “Debatemos, por exemplo, como ampliar o número de associadas mulheres aos sindicatos, a participação, a formação e a ocupação de muito mais companheiras nas estruturas sindicais”, diz Leninha.

Para Mônica Veloso, é fundamental uma reflexão sobre os motivos que impedem a efetiva construção da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres em suas organizações sindicais. “As conjunturas políticas e econômicas não podem ser fatores decisivos para esta situação, mas, ao contrário, são desafios que devem nos levar a promover mais fortemente a participação das mulheres e dos jovens, pois estes são os segmentos mais vulneráveis para a exploração e discriminação no espaço de trabalho”.

Para superarmos a exclusão cultural e sistêmica, que por muito tempo afastou as mulheres dos sindicatos, é preciso incorporar a perspectiva de gênero como um dos eixos centrais de organização dos trabalhadores e trabalhadoras e mudanças estruturais que passam por reformas estatutárias e organizativas. “Nosso discurso deve estar alinhado com uma prática constante pela equidade de gênero, como prioridade para a conquista plena do trabalho decente nas lutas sindicais”, diz Mônica.

Diante da conjuntura brasileira, com um governo totalmente contrário aos avanços sociais, os desafios serão mais longos e difíceis. “Sindicalizar e resistir também significa empoderar homens e mulheres trabalhadoras no protagonismo das mudanças que queremos e nas lutas que enfrentaremos”, finaliza.