Em entrevista à radio Bandeirantes, o ministro comentou que a reforma da Previdência “não está sepultada” e será votada tão logo a intervenção federal no Rio de Janeiro seja encerrada.

Perguntado pelos ouvintes da rádio se defende a volta da CPMF, Meirelles ressaltou que, no momento, não há a necessidade de trazer este tributo de volta. O ministro falou que o corte de despesas do governo é “forte” e há um controle rígido dos gastos. Porém, ressaltou que o déficit da Previdência vai crescendo a cada ano e daqui a dez anos vai ocupar 80% do orçamento do governo.

“Não é uma questão de, se será feita [a reforma], mas quando será feita”, disse o ministro. “Se não houver reforma, os brasileiros não vão receber suas aposentadorias”, continuou na entrevista.

A reforma da Previdência tem efeito a médio prazo e vai garantir que não se eleve impostos no futuro. “Minha ideia é fazer a reforma para não ter de aumentar impostos”, disse.

EconomiaO ministro também comemorou o resultado do Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (19) –considerada uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), oficialmente divulgado pelo Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE).

Segundo ele, o dado de dezembro mostrou forte crescimento (+1,41% em relação a novembro, na série dessazonalizada, e de +2,14% ante igual mês de 2016, no observado). Esse resultado colaborou para uma alta de 1,04% em 2017.

Ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou o Monitor do PIB, o qual apontou expansão de 1% em 2017, após dois anos consecutivos de retração da economia brasileira.

“Este resultado é devido, pela ótica da oferta, ao excelente desempenho da agropecuária, a recuperação do setor industrial e um setor de serviços que, surpreendentemente, já contribuiu de maneira positiva para o PIB de 2017.”

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a exportação foram os principais componentes que contribuíram para o PIB positivo. A formação bruta de capital fixo, apesar de ainda negativa (-1,9%), destaca-se pela recuperação que apresentou durante o ano já que havia registrado 10,3% de retração, em 2016″, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB FGV, em nota.