O presidente do Sindicato, Miguel Torres, e o diretor sindical Ceará participaram da assembleia organizada pelo diretor Maurício Forte e equipe com os trabalhadores da Cartec, na Mooca, nesta segunda, 24 de julho.
A mobilização faz parte da agenda de assembleias regionais que o Sindicato tem feito para informar os trabalhadores sobre como a reforma trabalhista, aprovada pelo Congresso Nacional, vai tirar direitos e mudar a jornada de trabalho, as contratações e a forma de remuneração, convocá-los a resistir à aplicação da reforma nas empresas onde trabalham, e denunciar ao Sindicato qualquer tentativa das empresas de aplicar a reforma.
“Precisamos ter força para não deixar a reforma vir com o peso que tem. Ela chega junto com a época de renovarmos nossa convenção coletiva. A convenção vai vigorar até novembro, quando a reforma passará a vigorar; então, vamos ter que fazer uma grande campanha salarial para garantir o que temos na convenção e se preparar para enfrentar a aplicabilidade da reforma, que é prejudicial aos trabalhadores”, disse Miguel Torres.
O presidente explicou o que representa a prevalência do negociado sobre o legislado, que veio para reduzir direitos e não para melhorar o que a categoria tem; a jornada de trabalho intermitente, ou seja, o patrão vai poder contratar o trabalhador para trabalhar por hora, por dia e só vai pagar pelas horas trabalhadas, sem vínculo empregatício, entre outras medidas.
Diante dessa situação, Miguel Torres explicou que a diretoria decidiu começar a mobilizar a categoria para resistir a esta reforma, orientando os trabalhadores a denunciarem qualquer iniciativa das empresas que venha dificultar o trabalho do Sindicato, tirar direitos, demitir.
“Com esse mar de pessoas desempregadas, as empresas vão começar uma onda de troca de mão de obra e de forma de contrato e trazer gente para ganhar menos. Teremos uma mudança muito drástica na relação capital-trabalho se não fizermos essa resistência”, afirmou.
Miguel Torres informou que o Sindicato vem realizando assembleias por região e vai convocar uma assembleia geral da categoria para enfrentar tudo isso. “A ideia é fortalecer nossa campanha, garantir a convenção coletiva e a representatividade sindical”, afirmou.
