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João Goulart Filho defende projeto de desenvolvimento nacional e revogação da reforma trabalhista

O pré-candidato a presidente da República pelo PPL (Partido Pátria Livre), João Goulart Filho, defende a retomada do projeto de nação que foi interrompido em 1964 com a derrubada do governo do então presidente Jango, seu pai, e os conseguintes 21 anos de ditadura.

“O presidente João Goulart não conseguiu colocar em prática o seu projeto, as reformas de base, que abririam caminho para o Brasil se tornar uma potência econômica, um País rico e desenvolvido para o povo brasileiro”, disse João Goulart Filho na abertura de sua conversa com trabalhadores, dirigentes sindicais, jovens e lideranças políticas nesta sexta, 13 de julho, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Xepa, Bira, João Goulart, Miguel e Arakém

O encontro foi aberto pelo secretário-geral Jorge Carlos de Morais, o Arakém, que destacou a importância da participação dos trabalhadores nas eleições gerais deste ano e lembrou que o debate de hoje coincide com o aniversário de 56 anos do 13º salário, criado por Jango em 13 de julho de 1962.

Miguel Torres, presidente do Sindicato, da CNTM e interino da Força Sindical, criticou o governo Temer por ter congelado por 20 anos os investimentos em áreas sociais (educação, saúde etc.) e em ciência e tecnologia, disse que a lei da reforma trabalhista, ao atender apenas aos interesses do capital, precarizou as relações de trabalho, não gerou emprego e aprofundou a crise.

“Podemos reverter este cenário de crise, promovendo debates como este, com candidatos progressistas, melhorando a qualidade do voto nas eleições, com consciência de classe, trabalhando contra a reeleição de quem votou e age contra os interesses da classe trabalhadora e elegendo líderes realmente comprometidos com as questões sociais e trabalhistas e com o futuro do País”, disse Miguel Torres.

O diretor Nelson Aparecido Cardim, o Xepa, lembrou as semelhanças do golpe contra a democracia em 1964 e o recente golpe judiciário-legislativo-midiático que gerou um cenário ideal para a aprovação da maldita reforma trabalhista. “Precisamos trazer a democracia de volta ao Brasil, juntamente com as lutas de resistência do movimento sindical”.

O também metalúrgico Ubiraci Dantas, presidente da CGTB e membro do Pátria Livre, parabenizou a iniciativa do Sindicato e lembrou que a categoria metalúrgica esteve sempre à frente das grandes lutas por democracia e conquistas de direitos para toda classe trabalhadora. “As propostas que os metalúrgicos de São Paulo estão agora entregando aos pré-candidatos a presidência da República são muito importantes para a retomada do desenvolvimento econômico do País”.

Propostas de João Goulart Filho – Na segunda parte do debate, o pré-candidato respondeu algumas perguntas dos trabalhadores metalúrgicos, selecionadas por sorteio, reforçando suas propostas em defesa das reivindicações do movimento sindical unificado.

Ele é favorável a um sistema tributário que não penalize a classe trabalhadora e as populações menos favorecidas economicamente, defende a redução dos juros e os investimentos produtivos, é contra as privatizações e a entrega de setores estratégicos para o capital estrangeiro, defende um Estado forte que, por intermédio do investimento público, atraia os investimentos privados e torne pujante o mercado interno.

Outras ideias do pré-candidato:

“Revogação da lei trabalhista do Temer (lei 13.467/2017), pois ela é injusta ao cortar direitos, extinguir a contribuição sindical e enfraquecer a Justiça do Trabalho”.

“Retomada do crescimento econômico, com geração de empregos e garantia de direitos”.

“Recuperação gradativa do poder de compra do salário mínimo. Meu compromisso é dobrar o salário mínimo em quatro anos”.

“Defesa das estatais estratégicas e indispensáveis à soberania nacional”.

“Resistência à reforma da Previdência pretendida por Temer e pelo mercado. Os direitos garantidos não podem ser desmobilizados. É preciso cobrar quem deve à Previdência”.

“Recuperação do poder regulatório do Estado, para que a nação brasileira não fique refém das forças do mercado”.

“Retomada das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e de outros programas de desenvolvimento”.

“Ampliação da bancada trabalhista nas Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional”.

“Estímulo ao engajamento da classe trabalhadora no processo eleitoral,  valorização do caráter cívico do voto, ampliação da democracia participativa e respeito à democracia, como um sistema de tolerância às ideias, e aperfeiçoamento democrático”.

“Fazer da política uma missão de servir, com redução dos privilégios e benefícios políticos”.

“Democratização do Judiciário”.

“Fortalecimento da engenharia nacional, indispensável ao progresso técnico e à própria soberania”.

“Federação do Ensino Básico para acabar com as desigualdades regionais”.

Encontros anteriores

Ciro Gomes – PDT

Manuela D’Ávila – PCdoB

Vera Lúcia – PSTU