Os metalúrgicos de São Paulo e Mogi e os representados pela CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e federações e sindicatos filiados vão acampar em Brasília a partir da próxima quarta-feira, dia 24, e participar, no mesmo dia, da Marcha em Brasília, organizada pela Força Sindical e demais centrais, contra os projetos das reformas trabalhista e previdenciária do governo que tiram direitos e benefícios e penalizam a classe trabalhadora.
O acampamento será montado no gramado em frente ao Congresso Nacional, por tempo indeterminado.
“Chegou o momento da pressão maior. Estaremos juntos com as caravanas de sindicalistas, trabalhadores e movimentos sociais de todo o Brasil fazendo a Marcha em Brasília contra as reformas e em defesa dos direitos e da aposentadoria. O governo não negocia com o movimento sindical, está indiferente às manifestações da população e dos trabalhadores, contrárias às reformas, mas está concedendo benefícios a setores empresariais, aliviando dívidas de bancos, ruralistas, empresas, prefeituras em troca de votos para a aprovação das reformas. Se não tem dinheiro pra educação, pra saúde e a Previdência está no vermelho, como o governo pode perdoar quem deve bilhões para a mesma Previdência? Isso mostra que o problema não é o caixa da Previdência”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM.
Segundo Miguel, “Temer é um Robin Hood invertido, está tirando ainda mais dos pobres para dar aos ricos e poderosos. É desumano e inaceitável. Robin Hood vivia na floresta de Sherwood, os trabalhadores brasileiros estão vivendo numa selva”.
Em Brasília, os metalúrgicos cumprirão uma agenda que inclui visitar os deputados e senadores em seus gabinetes e no aeroporto para tentar sensibilizá-los a não votar contra as reformas. “Vamos fazer pressão cerrada e ocupar Brasília até a derrubada dos projetos”, afirma Miguel Torres.
A luta não para! #ocupeBrasília
Metalúrgicos acamparam em Brasília em 2005 em frente ao Congresso Nacional
Acampamento em Brasília em 2011 contra os juros altos
