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Com greve de caminhoneiros, montadoras suspendem produção por falta de peças

Fonte: O Estado de São Paulo

Em nota, a GM confirmou que o movimento dos caminhoneiros está impactando o fluxo logístico das fábricas no Brasil

Cleide Silva

A falta de peças entregues por caminhoneiros que aderiram à greve ou foram barrados por piquetes nas estradas está levando várias montadoras a suspenderem a produção de veículos.

Nesta terça-feira, 22, ficaram paradas as fábricas da Ford em Camaçari (BA),  Taubaté (SP) e da General Motors em Gravataí (RS).

Na unidade da GM de São Caetano do Sul, o segundo turno de trabalho, que começaria às 16h, foi suspenso, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos local. O mesmo ocorreu nas linhas de produção da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) no segundo e no terceiro turnos (tarde e noite).

Nesta quarta, os funcionários do primeiro turno também devem ser dispensados, informa o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A Scania também já registra falta de peças, mas segue operando suas linhas.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, diz que, “há um grande risco de ter paralisação generalizada nas montadoras se a greve prosseguir. “Uma das grandes preocupações do setor é com as exportações agendadas, pois os navios não esperam”.

Em nota, a GM confirma que o movimento dos caminhoneiros está impactando o fluxo logístico em suas fábricas no Brasil, com reflexo nas exportações. Segundo a empresa, “com a falta de componentes, as linhas de produção começam a ser paralisadas e também estamos enfrentando dificuldades na distribuição de veículos à rede de concessionárias.” A montadora não cita a situação de cada fábrica.

A Ford confirma a parada das fábricas da Bahia e de Taubaté e a Volkswagen não quis comentar o tema. A Fiat informa que começa a registrar problemas logísticos com a retenção de caminhões com componentes.

A paralisação ocorre num momento em que as montadoras estão ampliando a produção para atender a alta das vendas no mercado interno – que cresceu 21,3% nos primeiros quatro meses do ano – e das exportações – com alta de 20,7% no mesmo período.