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“Luta oportuna”, artigo de Miguel Torres

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“Apesar da recessão econômica, de uma inflação mais alta que a média dos últimos anos e da aceleração do aumento do desemprego, o movimento sindical precisa priorizar a luta por aumento real nas campanhas salariais deste semestre.

De acordo com o Dieese, há bons motivos para os trabalhadores centrarem fogo na luta pela conquista do ganho real precedido pela reposição da inflação aos salários. As negociações estão difíceis, pois os patrões usam a crise econômica como desculpa para se recusarem a reajustar os rendimentos de seus empregados.

Por isso, os sindicatos terão de radicalizar nas campanhas salariais, seja atrasando a entrada dos turnos de trabalho, seja apelando para a deflagração de paralisações e greves.

Precisamos de muita organização e mobilização para não pôr em risco os ganhos reais de salários e a melhoria da distribuição de renda, conquistados dos últimos anos. No primeiro semestre, o Dieese constatou que menos de 70% das negociações obtiveram ganhos reais.

Assim, nossos argumentos terão de levar em conta que os salários no Brasil são muito baixos, o que é suficiente para que trabalhadores e o movimento sindical busquem o aumento real nos salários.

Os patrões não podem alegar que os reajustes vão pressionar seus custos porque vêm reduzindo drasticamente o quadro de pessoal e fazendo rotatividade de mão de obra.

Todos sabemos que o ganho real nos salários possibilita a ampliação do nível de rendimento das famílias, que tem sido o pilar da melhoria da distribuição de renda no Brasil nos últimos anos e do aumento do consumo.

A ampliação do nível de renda das famílias pode abreviar o atual período recessivo do ciclo econômico, porque possibilita a melhora da distribuição de renda e dos níveis de consumo”.

Miguel Torres, presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical