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Artigo Miguel Torres: Nossa luta pelos direitos

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“Os trabalhadores brasileiros e o movimento sindical irão às ruas nesta sexta, 25, em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários, contra as propostas de reforma da CLT e de mudanças na Constituição que não garantem civilidade nas relações de trabalho nem justiça social, pela valorização do conteúdo local, de modo a garantir participação expressiva da indústria aqui instalada na produção de bens e serviços.

Neste dia de luta, convocado pelas Centrais Sindicais, haverá paralisações nas fábricas, comércio, setor público, transportes em todo o País. Em São Paulo, haverá manifestações em frente à Superintendência do INSS e do escritório do BNDES, na zona sul, em defesa do conteúdo local e contra as importações desenfreadas. Vamos dizer ao governo federal e aos empresários de setores conservadores que os trabalhadores não vão pagar a conta dos desmandos e desvios de recursos e da falta de investimentos por ganância na redução de “custos”.

As reformas pretendidas são prejudiciais aos trabalhadores e vão atingir somente a parcela mais fragilidade da sociedade. Governo e empresários argumentam que as mudanças vão facilitar as contratações e o acesso de milhares de trabalhadores do mercado informal e desempregados ao mercado de trabalho e garantir o pagamento das aposentadorias no futuro. Com que garantia, a que preço e sob que condições?

A legislação trabalhista é fruto da luta dos trabalhadores ao longo de anos de exploração e condições desumanas de trabalho e do desamparo na velhice. Com ela aprendemos a construir relações de trabalho mais saudáveis e a definir obrigações e direitos de ambas as partes. Contudo, a situação do trabalhador em relação ao capital continua sendo desigual.

Mesmo com toda essa legislação, ainda temos trabalho em condições análogas à escravidão, trabalho infantil, discriminação da mulher, desigualdade entre terceirizados e efetivos, salários baixos, ambientes insalubres e perigosos e dispensas injustificadas, entre outras situações.

Este tipo de reforma que a elite tenta fazer é retrocesso. Queremos geração de emprego e renda, trabalhar e produzir, mas não a qualquer custo. Dia 25 estaremos nas ruas lutando por direitos, dignidade e por um Brasil mais justo!

Miguel Torres
Presidente do Sindicato e da CNTM e Vice-presidente da Força Sindical