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190 mil metalúrgicos pararam hoje

Eleno coordena greve na Voith

O primeiro dia de greve dos metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo, hoje, teve a adesão de cerca de 190 mil trabalhadores de cerca de mil empresas do grupo denominado 19-3, que envolve as indústrias de máquinas, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, artefatos de metais não ferrosos, condutores elétricos, esquadrias metálicas. O grupo emprega quase 50% dos 700 mil trabalhadores da categoria no Estado.

As greves de advertência aconteceram no período da manhã e duraram, em média, quatro horas, em repúdio à oferta de 6% de reajuste salarial global, percentual que não alcança nem 2% de aumento real, e retirada de cláusulas sociais da convenção coletiva de trabalho. A categoria reivindica 12% de reajuste salarial e manutenção das cláusulas sociais, inclusive as que garantem estabilidade no emprego aos acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais.

A paralisação de poucas horas repercutiu positivamente. Os empresários pediram uma trégua e marcaram novas negociações, comprometendo-se a apresentar uma contraposta às reivindicações dos trabalhadores. As negociações estão marcadas para amanhã, dia 23, às 10h, com o Grupo 3 (autopeças); dia 24, às 16h, com o Grupo 10 (Fiesp); dia 25, às 14h, com o Sindsider (produtos para siderurgia) e dia 26, às 9h, com o Sindimotor.

“Esperamos uma proposta satisfatória e vamos convocar assembléias para a próxima sexta-feira. Se não houver acordo vamos iniciar greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (dia 29)”, afirma Eleno Bezerra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

A campanha unificada reúne 53 sindicatos de metalúrgicos do Estado, filiados à Federação dos Metalúrgicos do ESP e à Força Sindical. A data-base é 1º de novembro.

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