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1º de Maio: ampliar a agenda, a luta e a mobilização para avançar

Diferentemente de há 6 ou 7 anos, neste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, trabalhadoras e trabalhadores terão o que comemorar.

Miguel Torres

Em ano e meio de governo, podemos dizer que a vitória de Lula, em outubro de 2022, foi e está sendo essencial para o País e os trabalhadores brasileiros. Os ambientes político, social e econômico melhoraram sensivelmente. Ultrapassamos a profunda crise em que o povo foi jogado.

Conquistamos a política de atualização e valorização do salário mínimo, com ganhos reais, a política de igualdade salarial entre mulheres e homens, a negociação coletiva, a despeito de todas as dificuldades do processo, para os servidores públicos federais.

Houve incremento na renda média das famílias, que é recorde, em relação a 2023. Essa renda subiu quase 12%1. Isso é consequência do aumento real do salário mínimo, do Bolsa Família, que foi bastante ampliado, da geração e ampliação do mercado de trabalho, entre outras políticas públicas.

A cultura, agora, é tratada agora como indústria, na medida de a capacidade de gerar emprego e renda e grande potencial exportador, e terá à disposição o maior orçamento da história do setor, sobretudo com as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc.

Mas é preciso mais. Assim, precisamos ampliar a luta por melhores condições de vida e de renda, para além da nossa agenda corporativa. Essa agenda envolve questões que dependem de politização e mobilização das trabalhadoras e trabalhadores.

Lula prometeu, e precisamos estar atentos sobre isso, ampliar, até o fim do mandato dele, a faixa de isenção do imposto de renda da pessoa física para R$ 5 mil. Isso no aspecto econômico.

Todavia, é preciso que o governo Lula, em parceria com os governos estaduais, que são responsáveis pela segurança pública, combata a violência e a criminalidade, o tráfico de drogas e a corrupção, que assolam e deterioram o tecido social brasileiro.

É preciso ainda melhorar a Saúde e Educação públicas, inclusive com ampliação de recursos públicos do Orçamento federal, e o programa Farmácia Popular. É preciso alavancar o Mais Médicos, pois não há médicos suficientes no interior do País.

Importante: não faltam médicos no Brasil. Estão mal distribuídos. Na média, o País tem 2,18 médicos por 1 mil habitantes, que é a média dos países desenvolvidos. É preciso política pública para isso.

É preciso ampliar as cotas raciais, a fim de minorar as desigualdades para a imensa população parda, negra e índia por aqui.

É preciso aumento real para as aposentadorias acima do salário mínimo. É preciso reduzir os juros altos.

Enfim, avançamos, mas é preciso mais. Por isso, para ampliar e fortalecer essa agenda, é preciso politização e mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras.

Viva o 1º de Maio – Dia Internacional dos Trabalhadores.

Viva os sindicatos, sem os quais não haveria luta, nem tampouco conquistas.

A Luta faz a Lei!

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos)