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4 em cada 5 indústrias paulistas pretendem investir este ano, diz Fiesp


Investimentos serão concentrados na modernização das instalações.

Entidade consultou 365 empresas entre dezembro e janeiro.

Da Agência Estado

Quatro em cada cinco indústrias paulistas pretendem investir este ano, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os investimentos serão concentrados na modernização das instalações. Apenas 11% deverão ser destinados à ampliação de fábricas ou aquisição de unidades fabris.

A entidade consultou 365 empresas entre dezembro de 2009 e janeiro deste ano. Desse total, 81% responderam que pretendem investir em 2010. O valor a ser investido representa, em média, 9% do faturamento do ano passado.

Quase um terço dos recursos serão aplicados na aquisição de novos maquinários e 25%, em sistemas de produção. Outros 15% serão destinados ao treinamento de mão de obra, enquanto 12% vão para tecnologia da informação e 7% para pesquisa e desenvolvimento.

Esforço dos trabalhadores

A recuperação da atividade industrial não está sendo acompanhada de criação de empregos na mesma proporção e velocidade. Ao contrário, a expansão da produção em boa parte é sustentada no aumento da produtividade dos trabalhadores no período de recuperação, somado ao esforço dos empregados que permaneceram no mercado. Essa tendência aparece nas respostas de empresários entrevistados nos últimos dois meses em uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De um total de 365 empresas consultadas, 76% disseram esperar aumento de produção no primeiro semestre deste ano e só 6% falam em queda. O otimismo não para aí: 81% pretendem realizar, este ano, investimentos capazes de aumentar em 15%, na média, a sua capacidade produtiva. Em contrapartida, os empresários estão divididos em relação à contratação de novos empregados: 51% pretendem fazê-lo e 49% não têm planos de contratar. Em média, essas empresas têm expectativa de ampliar em 7,36% o seu quadro de pessoal no semestre.

“O esforço sempre é o aumento de produtividade”, diz o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. “Ninguém se preocupa dentro do mundo moderno em aumentar volume de produção a qualquer custo, é uma relação entre custo e benefícios e isso significa aumento de produtividade”, afirma.

Vagas

Simulação feita pela Fiesp indica que, projetado para o conjunto total das indústrias paulistas, o índice de crescimento de postos de trabalho no semestre seria de 3,95%. O número corresponde a cerca de 90 mil novas vagas. É pouco se comparado com o estrago causado no emprego pela crise financeira mundial.

Entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado, a indústria brasileira eliminou 334.434 mil postos de trabalho formais, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. Quase dois terços das demissões ocorreram no estado de São Paulo, onde a indústria fechou 212.839 vagas.

A velocidade de criação de postos de trabalho em São Paulo é mais lenta. Enquanto a indústria nacional recuperou 10.865 empregos em 2009, a indústria paulista fechou 50.646 vagas.