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Acerto do Diap no prognóstico sobre o novo Congresso

*Por Antonio Augusto de Queiroz ………………………………………………………………………..

O prognóstico do Diap sobre a composição do Congresso, publicado no Boletim da entidade, edição de agosto/setembro, teve alto índice de acerto. A entidade analisou a Câmara e o Senado em quatro dimensões: a) número de partidos com representação no Legislativo Federal; b) índice de renovação na Câmara e no Senado; c) o tamanho das bancadas em cada casa do Congresso; e d) os nomes com potencial de eleição.

Adotou, como metodologia, a consulta a jornalistas, parlamentares, pesquisas eleitorais, especialista e, também, partiu do pressuposto de que os candidatos à reeleição, bem como outros postulantes que já exerceram mandatos como vereador de capital, deputado estadual, ex-prefeito de grandes centros seriam os mais competitivos.

O Diap teve o cuidado de advertir, na apresentação do prognóstico, “que levantamentos com essas características, destinados a identificar os candidatos mais competitivos, estão sempre sujeitos a imprecisões e surpresas, razão pela qual o fato de constar o nome na lista não significava que seria eleito, tampouco que a ausência significava derrota”.

Quanto aos partidos com representação no Congresso, o índice de acerto foi de 100%. O Diap previu que: i) o número de partidos aumentaria de 22 para 28; ii) os grandes partidos perderiam deputados e senadores e que os pequenos e médios cresceriam; iii) a ordem das maiores bancadas seria mantida, com o PT em primeiro lugar na Câmara e o PMDB no Senado, e o PMDB em segundo lugar na Câmara e o PT no Senado, com o PSDB em terceiros nas duas casas do Congresso.

Em relação ao índice de renovação, o prognóstico apontava uma renovação superior à média histórica, de 45%, podendo superar 50%. Ficou em 46,79%. Trata-se de uma grande renovação, mas aquém das expectativas em função das manifestações de junho de 2013, que pediam mudanças quantitativas e qualitativas.

Quanto ao tamanho das bancadas, embora o Diap tenha acertado no essencial, três fenômenos provocaram pequenos deslocamentos em relação aos pequenos partidos. O primeiro foram as amplas coligações, que era possível prever quantos deputados cada uma elegeria, mas a distribuição entre os partidos poderia variar muito.

O segundo foi o desempenho eleitoral dos deputados eleitos Tiririca (PR) e Celso Russomano (PRB), que concorreram em seus partidos sem coligação, e a sobra de seus votos ajudou a eleger quase uma dezena de parlamentares.

O terceiro foi a comoção decorrente da morte de Eduardo Campos, que levou o eleitor pernambucano a punir o PT, identificado como o principal adversário do ex-governador, a ponto de o partido, que em 2010 tinha eleito quatro deputados e todos os prognósticos indicavam a eleição de três neste pleito, não ter eleito nenhum deputado no Estado.

Apesar disto, o Diap acertou 100% no Senado e, no essencial, na Câmara dos Deputados: PT, PMDB, PSD, PP, DEM, PSB, PTB, PSC, PPS, PMN, PRP, PEN e PTC ficaram dentro do intervalo de previsão da entidade, entre o mínimo e o máximo. Erramos por pequena margem nos partidos novos (SD, Pros) e nos casos do PR e do RPB, por conta do desempenho de Tiririca e Russomano.

Por fim, o índice de acerto quanto aos nomes com chance de eleição, no Senado foi 100% e na Câmara 87,72%, ou seja, dos 513 eleitos, 450 estavam indicados na lista do Diap e somente 12,28% ou 63 nomes não tiveram seus nomes incluídos como candidatos com chances de eleição.

O propósito desta manifestação é apenas para evitar que algum apressado, olhando apenas a tabela com o prognóstico das bancadas, tire conclusões precipitadas sem analisar os dados detalhados no referido boletim.

Em novembro, o Diap publicará a “Radiografia do Novo Congresso”, com as principais informações sobre os resultados eleitorais e o perfil do Legislativo Federal.