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Aposentados que recebem acima do mínimo têm ganho real de 26,8% em 15 anos

Da Redação, em São Paulo

Apesar do reajuste de 7,72% dado aos aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo, o ganho real acumulado nos últimos 15 anos por esses beneficiários foi muito inferior ao dos que recebem a aposentadoria mínima.

Na última terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o fim do fator previdenciário e sancionou o reajuste de 7,72%.

Segundo dados da Previdência Social, nos último 15 anos, os beneficiários que recebem acima de um salário mínimo tiveram um reajuste real – descontada a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) – de 26,8%, já considerando o aumento de 7,72%.

Veja com ficam as aposentadorias depois do reajuste

Caso tivesse sido mantido o percentual de 6,14%, o ganho real desses beneficiários em 15 anos seria de 25,25%.

Enquanto isso, os aposentados com benefícios de um salário mínimo (hoje fixado em R$ 510) tiveram um reajuste real de 121,76% desde 1995.

Acima do mínimo

De acordo com os dados da Previdência, das 27,3 milhões de aposentadorias pagas, 8,3 milhões pessoas recebem um valor superior ao salário mínimo, o que representa 30,14% do total.

O valor médio dos benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é de R$ 684,39.

Reajuste

No começo do ano, os aposentados que ganham acima do mínimo receberam um reajuste de 6,14%, por força de uma medida provisória que, ao passar pelo Congresso Nacional e pelo presidente, foi modificada para um percentual de 7,7%.

De acordo com o especialista em Finanças Públicas, Amir Khair, a Constituição garante a correção monetária para quem ganha acima do mínimo, e o índice usado variou desde o IGP (Índice Geral de Preços) até o INPC, normalmente usado hoje.

“Se fosse o INPC, seria menos do que os 6,14%, que foi um acordo que houve entre o governo e as centrais sindicais. Depois, o Congresso, por questão política, resolveu ampliar para 7,7%. Agora, quando se dá aumento de 7,7%, esse dinheiro não vai ficar debaixo do travesseiro. As pessoas vão usar para consumir e transformar uma parte substancial dele em tributos”, afirmou ao Infomoney.

(Com informações do Infomoney)