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Aumento do emprego faz o calote cair ao menor nível em 9 anos

Brasileiros conseguem pagar mais as contas em dias com crescimento da renda


Mariana Londres, do R7

O calote dos consumidores brasileiros (taxa média de inadimplência nas operações de crédito) teve leve queda de 0,2 ponto em dezembro ficando a 5,7%, o menor valor em nove anos.

Em junho de 2001, a inadimplência das famílias chegou a 5,5%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central. 

O resultado é reflexo do aumento do emprego e da renda, que ajudam os brasileiros a manter as suas prestações em dia, segundo Altamir Lopes, diretor do departamento econômico do Banco Central.

A porcentagem refere-se aos consumidores que deixaram de pagar as suas dívidas por mais de 90 dias. O calote vem caindo ou mantendo a estabilidade desde maio de 2009, quando estava a 8,5%.

Com o resultado de dezembro, o país fecha o ano de 2010 com variação negativa de dois pontos percentuais no calote dos consumidores.

A inadimplência das empresas ficou estável em dezembro, a 3,6% e a inadimplência total (pessoas físicas e jurídicas) ficou a 0,9% no mês.

Paralelamente à diminuição do calote, os juros médios cobrados pelos bancos do consumidor brasileiro subiram em dezembro, após um mês de queda, e chegaram ao maior patamar em sete meses.

As taxas passaram de 39,1% para 40,6%, o maior valor desde maio de 2010, quando os juros chegaram a 41,5%.