Notícias

Bancos Centrais do Brics assinam acordo multilateral em Moscou

Acordo cria mecanismo para ajudar países que passem por crises. 
Presidente do BC, Alexandre Tombini participou da assinatura do acordo.

Débora Cruz
Do G1, em Brasília

Os Bancos Centrais dos países que compõem o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – assinaram nesta terça-feira (7) em Moscou, na Rússia, um acordo multilateral (Inter-Central Bank Agreement, ICBA, na sigla em inglês) no âmbito do Arranjo Contingente de Reservas (CRA, na sigla em inglês).

O CRA é um mecanismo criado para ajudar os países do grupo que passem por eventuais crises. Para a constituição do Fundo, a China deverá entrar com US$ 41 bilhões; Brasil, Rússia e Índia com US$ 18 bilhões cada; e a África do Sul com US$ 5 bilhões.

Segundo informou o Banco Central do Brasil, “a assinatura do ICBA sinaliza a forte colaboração entre os países e sua disposição em articular um mecanismo multilateral de apoio”.

Ainda conforme o BC, o arranjo “conta com um montante inicial de compromissos assumidos de US$ 100 bilhões e a concessão de recursos será feita por meio de operações de swap a serem executadas pelos Bancos Centrais, seguindo as diretrizes, as responsabilidades e os procedimentos operacionais definidos no ICBA”.
Banco
A presidente Dilma Rousseff designou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para o cargo de governador junto ao Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi nomeado governador suplente. A escolha foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (7).

Tombini está em Moscou, onde participou da assinatura do acordo multilateral. A ação antecede a realização da VII Cúpula do Brics, na próxima quinta-feira (9), da qual a presidente Dilma Rousseff participa.

A criação do NBD, conhecido como Banco do Brics, foi aprovada pelo Senado no dia 3 de junho. A nova instituição financeira havia sido anunciada após reunião em Fortaleza (CE) entre os presidentes dos países membros do Brics, em julho de 2014.

O banco terá o objetivo de financiar projetos de infraestrutura em países emergentes. O NBD vai ter capital inicial de US$ 50 bilhões, divididos igualmente entre os membros fundadores. Entretanto, diz comunicado, há uma autorização para que esse valor chegue a US$ 100 bilhões. Os empréstimos também poderão ser concedidos a países emergentes fora do Brics.