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Centrais iniciam mobilização por mais direitos e aumento real

Jaélcio Santana

Miguel Torres (à direita) e Paulinho da Força (ao centro) na coletiva das centrais sindicais

As centrais sindicais Força Sindical, UGT, CTB, CGTB e Nova Central darão início, a partir desta terça-feira, 14 de junho, a uma mobilização nacional por melhorias trabalhistas, redução da jornada de trabalho e fim do fator previdenciário, entre outras reivindicações.

A estratégia é fazer todas as terças e quartas-feiras, em frente ao Congresso Nacional (Brasília), uma pressão com centenas de dirigentes sindicais junto aos deputados e senadores para a votação de projetos que garantam a manutenção e a ampliação dos direitos dos trabalhadores. 

A regulamentação da terceirização e a ratificação de convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) também vão estar na pauta das discussões.

Em julho, ocorrerão mobilizações de trabalhadores e sindicalistas em todo o País. No dia 6, no Centro-Oeste; no dia 14, na Região Norte; no dia 21, no Nordeste; no dia 28, na Região Sul; e no dia 3 de agosto, na Região Sudeste.

“Em São Paulo, faremos nosso grande ato, a maior passeata da Avenida Paulista”, afirmou o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, na sede da UGT, sem São Paulo, para a apresentação do calendário de mobilização.  

Paulinho afirmou que o Movimento dos Sem-Terra (MST) participará da mobilização e as centrais sindicais também participarão da mobilização nacional do MST no dia 23 de agosto. Também estarão presentes os movimentos estudantis, feministas e da população negra.

Campanha Salarial 2011

Com relação à Campanha Salarial deste ano, Paulinho disse que a ideia é negociar. “Mas onde não tiver acordo, vamos parar, pois, na medida que os salários não aumentarem, é natural ter greve. Cada categoria vai definir sua reivindicação, mas estamos orientando que nenhuma feche acordo sem aumento real”, completa o presidente da Força Sindical.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, também participou da entrevista coletiva e declarou: “A vitoriosa mobilização dos metalúrgicos da Volks do Paraná deu ânimo novo às categorias e vai ajudar muito nas negociações salariais. Os trabalhadores da Volks fizeram greve pela Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) durante 37 dias e conquistaram a reivindicação”.

Para ele, o patronato virá com discurso de que não tem condições de dar aumento real e de que a inflação está alta. “Mas vamos partir do crescimento do PIB, que saiu do zero em 2009 e foi para 7,5% em 2010. Se o crescimento este ano for de 4,5%, ainda será positivo. Tem espaço para crescer”, conclui Miguel Torres.