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Centrais sindicais prometem “enxurrada de ações” se não houver negociação por salário mínimo

Camila Campanerut
Em Brasília

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, anunciou nesta quarta-feira (12) que, caso o governo federal não entre em negociação com as centrais sindicais sobre os valores do salário mínimo, do reajuste dos aposentados e da correção da tabela do imposto de renda, as centrais sindicais entrarão “com uma enxurrada de ações” contra o governo.

“Se o governo não abrir as negociações até segunda-feira, na terça, nós vamos entrar na justiça com uma enxurrada de ações contra o governo, no Brasil inteiro”, afirmou o deputado ao sair de uma audiência no Palácio do Planalto com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

As centrais reivindicam o salário mínimo de R$ 580, um reajuste de 10% para os aposentados e que a correção da tabela do imposto de renda seja de acima dos 6,4%, oferecido pelo governo, que também estabeleceu o salário mínimo em torno de R$ R540.

Ontem, os sindicalistas entregaram uma carta com os detalhes das propostas e, hoje, o parlamentar teve um encontro pessoalmente com o ministro. Paulinho, inclusive, já pediu uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. “O governo está esquisito. Dilma parece que está em uma redoma”, afirmou na saída do Palácio.  

“Eles vão perder no Congresso”, resumiu. Para o deputado, o governo não terá chance de sucesso na votação no Congresso Nacional, no próximo mês, se mantiver a proposta nos R$ 540, porque os deputados, ligados aos sindicalistas, deverão se unir aos “insatisfeitos” da base aliada e não terão o número suficiente para aprovar a medida provisória. Os “insatisfeitos”, segundo o pedetista, são os parlamentares do PMDB que não conseguiram convencer a presidente a abocanhar importantes cargos do 2º escalão do governo.