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CUT e Força Sindical revelam otimismo com a vitória de Dilma

SÃO PAULO –  A vitória da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, é um reflexo das mudanças que vêm ocorrendo numa sociedade em que a participação das mulheres nos diversos ramos de atividade aumenta a cada dia, avalia o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna. “Hoje tem mais mulheres no mercado de trabalho, nas universidades e nos movimentos sociais”, disse.

Para ele, é importante que o movimento sindical continue as suas mobilizações, fortalecendo-se para que ter um papel nas negociações com o governo. Ao fazer um balanço das conquistas obtidas pela classe trabalhadora, Gonçalves destacou que 2010 está sendo um ano positivo. “Em 95% dos acordos coletivos conseguimos ter melhores salários, além de aumento real do salário mínimo e crescimento dos empregos.”

Na opinião do presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique da Silva, o país vive um momento importante com a vitória de Dilma como a primeira mulher a ocupar a Presidência da República. “Significa uma vitória do povo brasileiro e da militância que foi às ruas defender os oito anos do governo Lula e apontar a necessidade de aprofundar as mudanças iniciadas”.

Ele manifestou otimismo em relação aos compromissos assumidos pela presidente eleita no sentido de erradicar a miséria e destacou que a central sindical continuará a defender a agenda de interesse dos trabalhadores. Entre as medidas que considera prioritárias estão as reformas política e tributária. “ Quem ganha mais deve pagar mais e quem ganha menos deve pagar menos”, defendeu o líder sindical, referindo-se aos recolhimentos fiscais.

Henrique da Silva afirmou ainda esperar que a nova presidente dê maior incentivo ao setor produtivo para gerar mais emprego e renda e onerar mais o capital especulativo de quem “só quer ganhar dinheiro fácil no mercado financeiro sem gerar nenhum emprego”.

Além disso, o líder sindical apontou que é preciso avançar no fortalecimento da agricultura familiar e do papel do Estado “como indutor do desenvolvimento econômico e social do Brasil”.

Agência Brasil