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Desabrigados de AL vão morar em barracas até que novas casas fiquem prontas

Carlos Madeiro
Em Maceió

Barracas para abrigar famílias atingidas pelas chuvas chegam a Barreiros (PE)

Os desabrigados das enchentes de Alagoas vão ganhar 10 mil barracas para morarem provisoriamente até que as casas prometidas pelo governo federal fiquem prontas. Segundo a Defesa Civil Estadual, 5.000 unidades foram adquiridas com recursos próprios do Estado e fruto de doações, enquanto a outra metade será doada pela Defesa Civil Nacional.

O investimento está estimado em R$ 48 milhões. As barracas deverão atender parte dos cerca de 74 mil desabrigados e desalojados do Estado.
Cada barraca tem 25 m² e estrutura para abrigar até seis pessoas. O custo de cada peça é de R$ 4.825,00. “São barracas que têm estrutura de PVC, que oferecem um certo conforto a essas famílias, que não vão deixar de ser assistidas até as novas casas serem construídas”, afirmou o coordenador da Defesa Civil Estadual, Neitônio Freitas.

Trabalho infantil marca tentativa de reerguer a cidade de Branquinha (AL)

“Essas 10 mil barracas vão atender, num primeiro momento, as pessoas desabrigadas nos locais mais atingidos. Vamos montar acampamentos com 200 barracas cada um. Neles, vamos montar também banheiro, cozinha e lavanderias coletivas, além da estrutura de um posto de saúde”, completou.
Segundo a Defesa Civil, os primeiros acampamentos devem ser montados na cidade de Branquinha, que registrou a maior destruição em termos proporcionais entre os 28 municípios atingidos pelas enchentes. “Nós já estamos preparando a área para receber essa estrutura, e devemos iniciar a montagem do primeiro acampamento ainda esta semana”, disse Freitas.
Para o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, as casas vão devolver a dignidade aos desabrigados e garantir o reinício das aulas. “A situação dos abrigos é precaríssima. Essas famílias estão em igrejas, ginásios e escolas, que precisam voltar a funcionar. Até a construção das casas, as barracas vão, em local provisório, prestar essa assistência, oferecendo privacidade e o mínimo de conforto para as famílias”, afirmou.
A secretária nacional de Habitação, Inês Pacheco, esteve em Maceió na segunda-feira (5) e disse que está aguardando a definição dos terrenos que poderão abrigar as novas casas para dar início às obras. “Nós precisamos do relatório dos municípios, pois precisamos da determinação exata das áreas que não podem receber construções para que possamos buscar terrenos para as casas”, disse.
Segundo estimativa da Secretaria de Estado da Infraestrutura, aproximadamente 19 mil casas foram destruídas ou danificadas com as enchentes. A reconstrução delas deve custar R$ 590 milhões. O valor será destinado pelo governo federal, por meio do programa Minha Casa Minha Vida.