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Desemprego cai e atinge a menor taxa da história, diz IBGE

Nível de 5,2% é o patamar mais baixo na série iniciada em março de 2002

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil caiu para 5,2% em novembro, ante 5,8% em outubro, de acordo com a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) divulgada nesta quinta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa é a menor taxa desde o início da série, em março de 2002. 

De acordo com o levantamento, a população desempregada somou 1,3 milhão de pessoas, o que representa uma queda de 9,6% em relação a outubro. Quando comparado com novembro, o índice chega a 7,9%. 

Já a população ocupada, que representa uma fatia de 22,8 milhões de pessoas, apresentou um crescimento de 0,7% em relação a outubro. No confronto com novembro de 2010, verificou-se aumento de 1,9%, o que representa um aumento de 431 mil ocupados no intervalo de um ano. 

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não registrou variação na comparação com outubro. Na comparação anual, houve uma elevação de 6,8%, o que representou um adicional de 708 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano. 

A taxa de desocupação registrou queda na comparação com outubro em Porto Alegre e também em São Paulo. Em comparação com novembro do ano passado também foi registrada queda, em Recife e em Belo Horizonte. Nas demais regiões, houve estabilidade. Nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, a taxa de desocupação atingiu o menor patamar da série. 

Salário
O rendimento médio real habitual dos ocupados ficou em R$ 1.623,40, o valor mais alto para o mês de novembro desde 2002. Já em comparação com novembro do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 0,7%.

São Paulo
A ocupação também aumentou na região metropolitana de São Paulo e o número de desempregados se manteve em declínio pelo terceiro mês consecutivo, ao passar de 9,5% em outubro para 9,5% em novembro. O número de desocupados foi estimado em 1.026 milhões de pessoas – 40 mil a menos que no mês anterior. Os dados são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) divulgada na última segunda-feira (20) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos) e a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).

Segundo o coordenador da equipe de análise da PED pela Fundação Seade, Alexandre Loloian, essa queda do desemprego é normal para o período, mas é bem vista por apresentar características diferentes este ano.

– Essa redução pelo terceiro mês consecutivo com taxas de um dígito é comparável à taxa de janeiro de 1991. Nunca tivemos uma taxa tão baixa como essa.

Loloian explicou que o bom resultado foi decorrente do crescimento da ocupação, que superou o número de pessoas que entraram no mercado de trabalho. De acordo com o levantamento, foram abertas 68 mil vagas, enquanto entraram para o mercado de trabalho 28 mil pessoas.O saldo foi positivo porque a economia gerou ocupações, explicou ele.

O setor que mais contratou foi o comércio (aumento de 3,9%), com a geração de 60 mil empregos, seguido do setor de serviços (0,7% ou 36 mil vagas) e da indústria (0,7% ou 12 mil vagas). De acordo com Loloian, “o comércio atrasou um pouco suas contratações [para o fim do ano] por alguma razão e, agora em novembro, cresceu fortemente e foi o principal responsável por esse bom resultado na região metropolitana de São Paulo”.