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Desemprego em SP é maior em 6 anos

DCI

A taxa de desemprego total em 2015 na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu para 13,2%, ante 10,8% registrados em 2014, para 1,463 milhão de pessoas. É o pior patamar desde 2009, quando o índice havia registrado 13,8%.

Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada ontem pela Fundação Seade e Dieese. O rendimento real dos ocupados encolheu 7,7%, para R$ 1.972. Dos assalariados, retraiu 6,8%, para R$ 1.996.

A indústria de transformação eliminou 71 mil postos de trabalho, queda de 4,4%. A construção acabou com 59 mil vagas de emprego, recuo de 8%, e os serviços, menos 0,6%, cerca de 31 mil posições. Ao todo, 2015 teve alta de 281 mil desempregados.

Na comparação entre dezembro e novembro, a taxa de desemprego caiu para 13,9%, contra 14,1%. A indústria de transformação gerou 30 mil postos, alta de 2%. O setor havia iniciado 2015 em queda sistemática, mas mostrou leve reação somente nos dois últimos meses do ano.

Para o coordenador da pesquisa, Alexandre Loloian, “o movimento sinalizou a necessidade da indústria de reajustar-se para atender minimamente a demanda do mercado no fim do ano, após a eliminação de tantas vagas”.

A construção gerou 10 mil vagas, expansão 1,5%, mas em comparação com dezembro de 2014, houve queda de 5,6%. O comércio avançou 0,1% contra novembro, cerca de 2 mil postos, e encolheu 2,8% ante o último mês de 2015.

Após alta em novembro, os serviços caíram 0,2% com a eliminação de 12 mil postos. Loloian avaliou que é o momento do setor sofrer e diminuir com os efeitos da crise.

Novembro

Entre outubro e novembro de 2015, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,2%, para R$ 1.919. Dos assalariados, subiu 2,2%, para R$ 1.964.

Loloian disse que o poder de compra do trabalhador reduziu R$ 20,4 bilhões entre janeiro e novembro, em relação a igual período de 2014. A PED ainda não considera os números de dezembro para este índice de remuneração.