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Eduardo Campos fala sobre desenvolvimento na Força

Tiago Santana

Governador Eduardo Campos respondeu perguntas dos dirigentes
Tiago Santana

O governador Eduardo Campos, de Pernambuco fez nesta segunda-feira (dia 8), uma palestra na Força Sindical, em São Paulo, a dirigentes sindicais que vieram de vários Estados para a reunião da Comissão Executiva Nacional, realizada pela manhã.

Campos abriu o Ciclo de Palestras sobre “70 anos de CLT e o desenvolvimento do Brasil”, preparatório ao congresso nacional da Força Sindical, a ser realizado em julho.

Na abertura dos trabalhos, o governador ouviu um desabafo do presidente da Central, Paulo Pereira da Silva, Paulinho: “Estou bastante incomodado com o governo Dilma, com a redução do PIB (Produto Interno Bruto)  de 7,5% para 0,9% em 2012, com a não sequência às reivindicações do movimento sindical. Por exemplo, propusemos alternativa ao fator previdenciário e não foi resolvido. O governo não concede aumento real para os aposentados que recebem acima do salário mínimo e o resultado é que milhões de aposentados, a cada ano, têm reduzido os valores de seus benefícios. Outro fato é estarmos perdendo os empregos na indústria nacional para os produtos importados”, declarou.

A fala de Paulinho foi interrompida com muito bom humor por um trabalhador metalúrgico disfarçado de agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que segundo notícias divulgadas, monitora o movimento sindical. Paulinho destacou que “a Força Sindical vê com muitos bons olhos a candidatura de Eduardo Campos à presidência da República”.

Em sua palestra, o governador começou abordando o papel dos trabalhadores na organização do movimento sindical brasileiro, a conquista da democracia, a derrota da inflação, a nova pactuação social, a necessidade de acabar com as desigualdades no País e o papel desempenhado pelo ex-presidente Lula neste sentido.

“Precisamos discutir o presente e olhar para o futuro. O País necessita de investimentos públicos e privados. O Brasil é conhecido pela democracia e pelo respeito aos contratos e isso precisa ser preservado”, declarou Campos.

Segundo o governador, o País precisa debater mais as formas para fazer financiamentos de longo prazo, além de discutir o fato de 96% das prefeituras estarem no SPC (Serviço de Proteção ao Credito) do mundo público e não terem condições de pactuar com o governo federal.

Outros temas abordados foram a necessidade de cuidar da saúde, educação e segurança.

Tiago Santana

Miguel Torres e governador

O presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, levantou o problema da desindustrialização e disse que o Brasil real tem uma crise de indústria, emprego, com empresas demitindo e não pagando os direitos, falta de investimento.

 “O governo tirou os trabalhadores das negociações. Ele negocia com certos setores empresariais sem os trabalhadores, faz desonerações sem contrapartidas. Os setores econômicos que mais tiveram desoneração da folha são os que mais demitiram”, criticou.

Para preservar o mercado de trabalho – a geração de milhões de empregos no governo FHC e Lula – é preciso retornar o investimento, promover abertura de trabalho em todos os setores (não apenas em serviço) e é primordial ter uma indústria inovadora e competitiva escolhendo alguns setores para investir.

O governador respondeu outras perguntas sobre desenvolvimento regional, seca no Nordeste, distribuição de renda, habitação popular, democratização da mídia e falta de crédito para microempresa, pequena e média empresas. Sobre a imprensa, o governador disse que defende a livre expressão e quem faz o controle da mídia é o leitor.

Paulo Segura

Paulinho da Força agradeceu a presença do governador