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Em meio à crise, reforma trabalhista avança no Senado

Fonte: Destak Jornal

Em dia decisivo para a permanência de Michel Temer no cargo – com o julgamento da chapa pela qual o presidente foi eleito em 2014 a ser retomado no Tribunal Superior Eleitoral – o governo mostrou força e conseguiu aprovar, por 14 votos a favor e 11 contra, o texto da reforma trabalhista.

Após quase oito horas de sessão, o parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) teve o primeiro avanço na Casa. Mas ainda é preciso passar pelo crivo de duas outras comissões (dos Assuntos Sociais e da Constituição e Justiça) e do plenário. A previsão é de que ele ainda seja votado neste mês.

A aprovação do texto, visto como essencial para a retomada da economia ocorre em meio à crise política e depois de duas sessões em que o governo teve dificuldades. Na semana passada, a votação foi adiada depois de um acordo firmado, já que governistas e oposicionistas temiam derrota.

O relatório aprovado não fez modificações na versão aprovada na Câmara dos Deputados. Seguindo um acordo feito pela base aliada junto ao governo, o tucano sugeriu apenas que alguns pontos sejam vetados no texto e corrigidos por meio de uma Medida Provisória, como é o caso da regulamentação do trabalho intermitente.

Renan faz oposição

A sessão se alongou porque senadores contrários ao relatório de Ferraço apresentaram três versões alternativas, nas quais sugeriam a rejeição da reforma ou mudanças ao projeto. Essas versões sequer foram analisadas.

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), também tentou atrapalhar a votação, exigindo indicar um nome para a vaga que há na CAE. O pedido foi rejeitado.

A reforma trabalhista traz, entre as mudanças, a prevalência de acordos entre patrões e empregados sobre a lei e o parcelamento das férias em três vezes.