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Empresários de eletroeletrônicos perdem otimismo

MARIA CRISTINA FRIAS

Abalados pelo câmbio, os negócios do setor de eletroeletrônicos no Brasil vão abaixo das expectativas dos empresários, de acordo com a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
A última sondagem da confiança dos empresários, realizada em junho pela entidade, aponta que aproximadamente 60% deles afirmam que o ritmo dos negócios está aquém das expectativas.
“Somente 9% das empresas informam que os seus negócios ficaram acima do esperado, o que confirma um quadro de preocupação do setor com os resultados para deste ano”, de acordo com Humberto Barbato, presidente da entidade.
Além da valorização do real ante o dólar, a alta da inflação e das taxas de juros e a concorrência dos produtos importados, principalmente os chineses, ainda preocupam, segundo Barbato.
As exportações continuam retraídas, segundo empresários pesquisados, que indicam que o mercado interno permaneceu como a alternativa de negócios.
No primeiro semestre, as exportações ficaram no mesmo patamar de igual período de 2010, com US$ 3,6 bilhões. Convertidas para reais, a queda é de 9%.
Em 2010, o deficit do setor foi de US$ 27 bilhões. Para este ano, a previsão é que o número alcance US$ 34 bilhões, com importações de cerca de US$ 42 bilhões.
Outro termômetro, o consumo industrial de energia no setor, de janeiro a junho, caiu 1,2% ante o mesmo período de 2010, ano de Copa, em que os estoques estavam antecipados, segundo dados da Comerc, gestora e comercializadora de energia.
A variação de junho sobre maio de 2011 foi de 0,71%.