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Festa do 1° de Maio deve reunir 1,5 milhão em SP

Redução da jornada, aposentadoria e terceirização são as bandeiras deste ano

Pela primeira vez na história do sindicalismo trabalhista nacional, cinco centrais sindicais se reuniram para realizar o 1º de Maio Unificado, uma festa que será promovida em São Paulo neste domingo (1º) para 1,5 milhão de pessoas. Além de shows musicais, o evento vai discutir a jornada de trabalho, regulamentação das terceirizações e a mudança do fator previdenciário.

O encontro será promovido pela Força Sindical, UGT (União Geral de Trabalhadores), CGTB (Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil), Nova Central e CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).

O presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT/SP, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, afirma que a entidade vai criticar a política econômica nacional, “um item que todos os sindicalistas devem falar”.

– Nós vamos defender a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, nós estamos numa batalha com o governo em relação ao fator previdenciário, que é o cálculo que diminui os valores da aposentadoria, e estamos também falando da regulamentação da terceirização.

O evento deve receber as presenças da presidente da República Dilma Rousseff (PT), do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM); do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do senador Aécio Neves (PSDB/MG); do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB); do ministro do Trabalho, Carlos Lupi; do ministro da saúde, Alexandre Padilha; e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

De acordo com Paulinho, todas as bandeiras dos sindicalistas serão discutidas e cobradas “na frente dos ministros e da presidente Dilma”.

O presidente da Força Sindical diz que as pautas dos encontros e as reivindicações são as mesmas, mas um assunto pontual divide as entidades sindicais.

– Tem uma questão que, de certa maneira, divide um pouco o movimento sindical, já que eles [CUT] estão propondo acabar com o imposto sindical. Aí, as outras centrais não concordam.

Existia a suspeita de que a discussão em torno do novo valor do salário mínimo – que subiu de R$ 510 para R$ 545 em janeiro – teria gerado uma divergência entre a Força Sindical e a CUT, o que teria impedido uma festa conjunta com todos os sindicatos. No entanto, Paulinho descartou ser esse o motivo da negativa dos cutistas.

– A questão do mínimo nós já superamos [e não há divergências]. As centrais sindicais estiveram unidas e a CUT fez um corpo mole, mas estava junto no movimento, pedindo o mínimo de R$ 580, que depois caiu para R$ 560.