A Força Sindical lançou nesta quarta-feira (7), junto às entidades filiadas (sindicatos, federações e confederações) uma campanha nacional contra a fome, diante da grave crise sanitária e econômica provocada pela pandemia da covid-19, em todo o País.
A Central enviou a suas entidades filiadas um comunicado oficial pedindo a mobilização para a coleta e a distribuição de gêneros alimentícios, diretamente ou associados às organizações sociais e populares.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, destaca que a crise social é o resultado das sequelas geradas pela pandemia de coronavírus e agravadas pela gestão econômica do governo Bolsonaro. “São 19 milhões de brasileiros submetidos à insegurança alimentar, que, em bom e claro português, significa fome”, alerta Torres.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, ressalta que o desemprego atinge mais de 14 milhões de trabalhadores e o governo cortou o auxílio emergencial de R$ 600 que, após muita luta e pressão política, será restabelecido com valores que variam entre R$ 150 e R$ 375.
O sindicalista ressalta que o movimento sindical vai manter pressão para que o Congresso Nacional vote o Auxílio Emergencial no valor de R$ 600. “É necessário reconstruir uma extensa rede de solidariedade social para combater efetivamente a chaga da fome”, defende Juruna.
Ainda como parte da campanha, a Força Sindical publicou em seu site uma lista com sugestões de organizações que podem ser apoiadas em cada Estado.
“O fundamental é construirmos um amplo movimento de doações, que deve envolver os trabalhadores, as comunidades e o setor patronal e fazer chegar aos mais necessitados as doações”, avaliam os sindicalistas.