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Força Sindical protesta em frente à Petrobras

FONTE: Bem Paraná

Jaelcio Santana

A Força Sindical reuniu hoje (14) cerca de 300 manifestantes em protesto em favor da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncias de corrupção na Petrobras. O movimento foi em frente à sede da petroleira, na avenida Chile, no centro do Rio, e durou das 15h às 16h40.

Presidente executivo da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deputado federal por São Paulo (Solidariedade), disse que a CPI é importante para “abrir a caixa preta” da estatal. Paulinho migou para a oposição no ano passado.

“Este ato é para mostrar à sociedade que nós apoiamos a CPI e que se forem comprovadas irregularidades, que sejam ´caçados´ todos os envolvidos, inclusive a presidente da República”, disse ele em cima de um caminhão de som.

Paulinho da Força disse também que o objetivo do protesto não é político, e sim para manter a Petrobras “nas mãos do Brasil”, afastando da petroleira os “gafanhotos do PT (Partido dos Trabalhadores)”.

Em seu discurso, ele lembrou que a companhia perdeu mais da metade do valor de mercado que tinha até 2010, quando caiu de R$ 380 bilhões para apenas R$ 179 bilhões.

Presidente da Força Sindical no Estado do Rio, Francisco Dal Pra, 71, disse que a Petrobras está sendo “desmoralizada” por causa da administração político-partidária que controla a companhia. “Por isso, a CPI é de interesse do povo”, declarou.

Cartazes com o dizer “Pasadilma”, em referência à compra da refinaria Pasadena, foram penduradas nas grades da Petrobras. Para encerrar o movimento, baianas das escolas de samba da Tijuca e Estácio lavaram a escadaria da Petrobras.

Protesto da FUP
Também hoje, outra manifestação foi realizada em frente à petroleira. Organizada pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), com cerca de 200 pessoas, também foram requeridas investigações mais profundas contra as denúncias de corrupção na estatal.

Porém, os dirigentes da FUP se posicionaram contra a CPI por considerarem que se trata de uma ferramenta política. “Estamos cientes de que há irregularidades, mas estas devem ser investigadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pela PF (Polícia Federal)”, disse o diretor financeiro da FUP, José Genivaldo da Silva, 52, que é técnico de manutenção da Petrobras.

Fizeram coro à FUP representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de movimentos sociais diversos, como a Via Campesina (Organização Internacional de Camponeses).

A FUP distribuiu panfletos aos funcionários da petroleira com os dizeres “Defender a Petrobras é defender o Brasil”.