Foi definido plano de ação sindical, aprovadas novas resoluções e marcado esforço de unidade sindical nas Américas
![]() Juruna, secretário-geral da Força Sindical |
Terminou na sexta-feira (20), o 2º Congresso Continental da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadores das Américas (CSA). O evento, iniciado no dia 17, reuniu sindicalistas das Américas e convidados da Europa e Ásia, na tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu, para debater temas relacionamos ao “Desenvolvimento Sustentável, Democracia e Trabalho Decente” e resoluções de planejamento das atividades para o período 2012 e 2016.
O Congresso foi marcado pelo esforço de consolidação do processo sindical unitário nas Américas, a luta pelo fortalecimento da organização sindical e a democracia no continente e no mundo.
Nesse contexto, os debates avaliaram os importantes avanços na luta dos trabalhadores e o movimento sindical por melhores condições de vida, trabalho decente, solidariedade e enriqueceu a troca de experiências sobre as nossas estratégias de unidade de ação e diálogo social para o enfrentamento da crise financeira internacional.
Foram também colocadas pelo secretariado, e debatidas, algumas posições que representam retrocessos para a Confederação Sindical das Américas (CSA) em temas como gênero, juventude, e a criação do Instituto para o Desenvolvimento nas Américas (IDEAM), ONG criada para captação de fundos e recursos de cooperação que atuaria em nome da CSA, porém, desvinculada orgânica e administrativamente da CSA.
A Força Sindical, a CROC, CTM, México, a CSE, Equador, e a CTV, Venezuela manifestaram-se contra essas posições de retrocessos propondo emendas e alternativas às resoluções apresentas nesse sentido, a fim de garantir a coerência e transparência do processo político na organização continental.
“No movimento sindical nacional e internacional haveremos de compreender que os instrumentos e estratégias da guerra fria não são mais do interesse coletivo dos trabalhadores e o movimento sindical”, disse, João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Segundo Juruna, hoje, no Brasil, aconteceram importantes mudanças políticas, econômicas e sociais, as diferenças entre as centrais sindicais são pontuais, havendo mais convergências que divergências, a manutenção dos direitos, a ampliação das conquistas e a unidade de ação em torno de pontos comuns e do interesse coletivo tem rendido frutos importantes em favor dos trabalhadores e do movimento sindical, e pautado a ação sindical no Brasil.
“Esperamos que a nova direção da CSA considere e leve adiante a nossa contribuição, para o bem dos trabalhadores e do sindicalismo das Américas”, concluiu Juruna.
“A FORÇA SINDICAL está de parabéns por se posicionar firmemente na defesa de princípios, coerência e transparência que devem guiar a ação sindical e política da Confederação Sindical da Américas – CSA”, disse, Nilton Souza, o Neco, secretário de Relações Internacionais da central.
Nos próximos quatro anos, a CSA deverá estar mais atenta à realidade e demandas do sindicalismo nas Américas. Garantir financiamento próprio e fortalecer a estrutura sindical deve ser um compromisso e desafio para a nova direção da organização. “Sindicatos mais fortes, menos dependentes da cooperação e mais atuantes na defesa dos interesses dos trabalhadores”, disse Luiz Carlos Motta, tesoureiro Nacional da Força Sindical.
Para a Força Sindical, a primeira central a criar a Secretaria da Mulher na sua estrutura, foi uma surpresa lamentável a CSA tirar do seu Estatuto a cota de 40% de mulheres no secretariado da organização, e ainda não ter jovem no secretariado, sob o argumento de questões políticas. “Sem dúvida isso é um retrocesso e um tiro de morte no projeto da auto –reforma sindical” disse Maria Auxiliadora dos Santos, Secretária Nacional da Mulher da Força Sindical.
Delegação da Força
Presente e atuante no Congresso, a delegação da Força Sindical contou com 31 representantes, sendo 28 dirigentes sindicais, entre eles, Juruna, secretrário-geral; o tesoureiro nacional, Luiz Carlos Motta; o secretário de Relações Internacionais, Nilton Souza da Silva (Neco); a vice-presidente e presidente adjunta da CSI, Nair Goulart; o secretário de Relações Sindicais, Geraldino dos Santos; a secretária nacional da Mulher, Maria Auxiliadora dos Santos; a vice-presidente, Eunice Cabral; a secretária nacional adjunta de Assuntos Raciais, Maria Rosangela Lopes; os presidentes da Força Sindical de Santa Catarina, Osvaldo Mafra; do Mato Grosso, Manoel de Souza; de Tocantins, Carlos Augusto de Mello; Sérgio Butka, da Força Sindical do Paraná; dos diretores Valdir Pereira e Jefferson Coriteac, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; da secretária de Direitos Humanos, Ruth Coelho Monteiro; Secretário internacional da Fecomerciários, Ademir Lauriberto Ferreira; Secretário Internacional Adjunto, Antonio Vitor; de José da Silva e Mauro Roberto Bissi, do Sindicato da Alimentação de Sertãozinho; Led Laura Santana, Sindicato dos Comerciários de São Carlos; Walter Fabro, Vice-presidente da Força Sindical de RS; Paulo Henrique Viana, Sindicato da Alimentação de São Paulo; Edson Bicalho, secretário-geral da Fequimfar; Lélio Falcão, Força Verde RS; Tania de Oliveira, assessora da Força Sindical, e Ortelio Palácio Cuesta, assessor para Assuntos Internacionais da Força Sindical.
Conselho
Foram eleitos para o Conselho Executivo da CSA, Nilton Souza da Silva, o Neco; Maria Rosângela Lopes e Jefferson Thiego no comitê de jovens da CSA.
Secretariado
O Secretariado da nova direção da CSA ficou composto pelos(as) seguintes companheiros (as): Hassan Yussuff (presidente), Júlio Roberto Gómez (presidente adjunto), Víctor Báez Mosqueira (Secretário geral), Amanda Claribel Villatoro (Secretária de Política Sindical y Educação), Laerte Teixeira (Secretário de Políticas Sociais), e Rafael Freire Neto (Secretário de Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável).
