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Governo reduz previsão de crescimento do PIB de 2011 para 4,5%

ANA CAROLINA OLIVEIRA
de BRASÍLIA e de SÃO PAULO

O governo reduziu de 5% para 4,5% a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2011. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério do Planejamento.

Em março, a estimativa do BC (Banco Central) para o PIB deste ano já havia sido reduzida e, segundo o órgão, ficará em 4% em 2011.

Já a previsão do governo para a inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) esse ano aumentou de 5% para 5,7%. De acordo com o ministério, esse número ainda é compatível com a meta de inflação perseguida pela política monetária do governo.

O governo também fez uma nova previsão para a taxa Selic. Passou de 11,58% para 11,74% ao ano. O ministério também alterou a taxa de câmbio para 2011. Segundo o relatório, passou de R$ 1,70 para R$ 1,61.

Em relação ao preço médio do petróleo, o governo espera aumento de US$ 98,34 para R$ 103,31. Já a expectativa do governo é que para esse ano, a massa salarial continue crescendo e passe de 10,96% para 11,71%.

INFLAÇÃO

Outro dado divulgado nesta sexta-feira, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) –que é uma prévia da inflação oficial divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)– variou 0,7% em maio e atingiu a taxa de 6,51% no acumulado dos últimos 12 meses — acima do teto da meta do Banco Central, de 6,5%.

A variação da prévia, no entanto, indica desaceleração nos preços. No mesmo período de abril, o IPCA-15 variou 0,77%.

Desde dezembro o governo anuncia ações para conter o crédito e reduzir o consumo. O objetivo é esfriar a economia e segurar a inflação, que cresce mês a mês.

Em janeiro, o BC também retomou os aumentos na taxa básica de juros, que haviam sido suspensos em meados do ano anterior.

Ontem, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse que a desaceleração até agora ainda não é suficiente. Ele afirmou que a economia vai ter crescimento menor a partir do segundo semestre, quando os efeitos das ações já tomadas – como restrição ao crédito e alta da taxa básica de juros- se espalharem.