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Governo revisa para 7,2% previsão de crescimento de 2010

Número consta no relatório de receitas e despesas do orçamento deste ano.
Planejamento anuncia liberação de R$ 1,72 bilhão para novos gastos.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

O Ministério do Planejamento anunciou nesta segunda-feira (20) a revisão da estimativa oficial do governo de crescimento da economia brasileira neste ano. Com a mudança, a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 subiu de 6,5% para 7,2%.

A nova estimativa foi feita pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda e já era esperada, uma vez que o próprio ministro Guido Mantega já havia dito, no início deste mês, que a expansão do PIB ficaria acima de 7% em 2010.

O número foi revisado após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter informado que o PIB do segundo trimestre deste ano avançou 1,2% na comparação com os três primeiros meses de 2010. E que, no acumulado do primeiro semestre, registrou um crescimento de 8,9%, o maior em 14 anos.

Com a mudança, a previsão oficial do governo fica próxima àquela feita pelo Banco Central, que prevê um crescimento econômico da ordem de 7,3% para este ano. Os analistas do mercado financeiro, entretanto, estimam que a expansão da economia ficará próxima de 7,5%.

Liberação de recursos
O Ministério do Planejamento também informou que está sendo feito um novo desbloqueio de dinheiro no orçamento deste ano. Com a medida, os Ministérios terão R$ 1,72 bilhão a mais para gastos.

Em março deste ano, ao efetuar a primeira revisão do orçamento de 2010, o governo efetuou um corte de R$ 21,8 bilhões nas despesas dos Ministérios – o maior de ambos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em maio, o limite para despesas foi reduzido em mais R$ 10 bilhões. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o objetivo era “jogar água na fervura” da economia e impedir pressões inflacionárias. Mais adiante, no mesmo mês, o ministro disse que o corte era “para valer”.

Em julho, porém, o governo começou a rever os bloqueios de gastos e decidiu liberar R$ 2,54 bilhões para despesas dos Ministérios. Agora em setembro, uma nova liberação de R$ 1,72 bilhão foi feita.