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Greves na Inal e Yadoia

Na Inal Indústria de Aço Laminado, em Mogi das Cruzes, os trabalhadores da produção estão em greve desde quinta-feira passada, 17 de julho, pela equiparação salarial e aumento do vale-compra.

A empresa paga salários diferentes para funções iguais, prejudicando operadores de máquina, auxiliares de produção, entre outros. “As diferenças no salário chegam a R$ 900”, afirma o diretor do Sindicato Paulo Fernandes, o Paulão. O vale-compra, de R$ 65, não é reajustado há cinco anos.

A empresa enviou carta aos funcionários chamando para trabalhar e entrou com ação contra o Sindicato na 3ª Vara Trabalhista de Mogi, alegando que a entidade está impedindo a entrada dos trabalhadores. O diretor Paulão nega. “O pessoal está do lado de fora porque entende que esta situação irregular não pode continuar”, afirma.

A assembléia de hoje de manhã, 22 de julho, na porta da fábrica, foi monitorada por oito viaturas da polícia militar. Enquanto isso, o pedido de audiência de greve encaminhado pelo Sindicato ao Tribunal Regional do Trabalho na última sexta-feira continua sem data para a negociação. 

Histórico: A greve na Inal acontece depois de várias tentativas frustradas de entendimento com a empresa. “Nós encaminhamos a pauta, fizemos duas reuniões de negociação, que não deram em nada, enviamos carta-aviso de greve dando prazo de 48 horas para a empresa apresentar uma proposta, e nada aconteceu”, explica o diretor Paulão. A produção tem cerca de 150 trabalhadores e 70% deles estão parados. A Inal pertence ao Grupo CSN, atua na área de processamento e distribuição de aços planos, como tiras, rolos, bobinas, chapas, tubos e telhas.

Continua a greve por PLR na Yadoia

Os 50 trabalhadores metalúrgicos da Yadoia Furadeira, na zona norte da capital, estão em greve pela melhoria da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). Os trabalhadores paralisaram as atividades na segunda-feira, 21 de julho, depois de rejeitar proposta de R$ 260 da empresa.

“A proposta melhor ainda não apareceu, por isto, por isto, vamos continuar em greve”, afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes Eraldo Alcântara, o Maloca, que coordenou nesta terça-feira, 22 de julho, uma nova assembléia na porta da fábrica (rua Antonio Munhoz Bonilha, bairro do Limão) para avaliação do movimento.