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Lei do ponto eletrônico faz Dimep acelerar produção


A menos de um mês da adoção do registro eletrônico na entrada e na saída de funcionários, a líder de mercado, Dimep Sistemas, aumentou em 300 % a produção de seus relógios de ponto e investiu R$ 3 milhões na preparação das linhas de montagem, máquinas, desenvolvimento tecnológico e pesquisas.

“Por conta da portaria 1.510, houve um boom no mercado de relógios de ponto”, declarou o vice-presidente da Dimep e atual presidente da Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Registros Eletrônicos de Ponto (Abrep), Dimas de Melo Pimenta III.

Desde 2009, a Dimep se reestruturou para fabricar até 15 mil peças ao longo de cada mês para atender a todos os pedidos, e ampliou o ritmo de produção, criando um terceiro turno. Depois da prorrogação de seis meses da data de implantação do novo sistema, concedida pelo Ministério do Trabalho no último mês de agosto, a lei passará a vigorar em 1º de março e a Dimep prevê aumento expressivo da demanda.

“Acreditamos que deve haver correria por parte das empresas que não se adaptaram porque tinham convicção de que a regra não iria vingar”, afirma o executivo.

Faltando apenas um mês para que as mudanças trazidas pela Portaria 1.510 sejam obrigatórias, algumas companhias e sindicatos estão à espera de que o Congresso analise dois projetos que tratam da revogação da norma. A advogada Mayra Palópoli, do Palópoli Advogados Associados, diz que neste mês deve ocorrer uma enxurrada de ações pedindo liminares para suspender as exigências da portaria. “As empresas esperam para tomar providências e deixam para a última hora.”

Caio Luiz / Andréia Henriques