Pelo quinto ano consecutivo nós, trabalhadores, fizemos a marcha para Brasília para reivindicar reivindicar alguns direitos. O lema é ´Pelo desenvolvimento e valorização do trabalho`. Faremos todos os esforços para que a crise não gere demissões. Que o governo junto com empresariado encontre solução que não seja a demissão de trabalhadores.
O desemprego é uma realidade. Pela lei atual, quem perde o emprego tem direito ao seguro por 3 a 5 meses. Mas a realidade mudou desde que o seguro desemprego entrou em vigência. Hoje o trabalhador fica desempregado por um tempo maior. Nossa proposta é que se estenda este prazo para 12 meses e que o valor pago seja corrigido. Aumentar o prazo do seguro desemprego não vai resolver todos os problemas dos trabalhadores. Sabemos que é uma medida paliativa, mas alguma coisa precisa ser feita. O seguro desemprego é outra reivindicação nossa.
Entendemos que o governo tem socorrido prontamente o setor empresarial e nada tem feito em favor da classe trabalhadora. Grandes empresas, bancos e construtoras tem sido socorridos. Exemplo disso é o setor automobilístico que recebeu 8 bilhões dos governos federal e estadual. O governo deveria acrescentar uma cláusula que garanta os empregos dos trabalhadores.
Outra medida que o governo tem tomado com a qual não concordamos é o aumento das taxas de juros. Enquanto os países desenvolvidos têm baixado os juros, por aqui acontece o contrário. As taxas sobem pelo elevador e atingem um nível estratosférico. Taxas altas só favorecem o setor especulativo, não o produtivo que é o que interessa. Especulador não gera emprego, não faz o país crescer e ainda ganha com a desgraça alheia.
Na caminhada exigiremos a redução da jornada de trabalho. Hoje a jornada de trabalho é de 44 horas semanais, mas queremos que vigore 40 horas sem prejuízo para o bolso do trabalhador. A redução das horas trabalhadas sem redução salarial, fará com que o trabalhador tenha mais tempo para estudar, para se qualificar e também para desfrutar algumas horas com sua família e amigos. Isso possibilitará também que outras pessoas entrem no mercado de trabalho.
Ao longo das jornadas a Brasília muitas conquistas foram registradas, como o aumento real do salário mínimo até o ano de 2023, independentemente de quem esteja no poder.
Temos outras reivindicações a fazer nesta marcha, como a desoneração tributária da cesta básica. O peso dos impostos em produtos que vão para a mesa do trabalhador tem de ser menor, como já acontece com o subsídio para o trigo que faz o pão.
É preciso que o trabalhador saiba dos seus direitos como o fim do fator previdenciário, que se conscientize da força que temos ao nos mobilizar pelas conquistas que historicamente deveriam ser e que um dia, certamente, serão nossas.