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Cerca de 2 mil sindicalistas ligados a sindicatos promoveram ontem um protesto em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista, a fim de buscar a aprovação da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

Os manifestantes chegaram a interromper o trânsito em pelo menos uma faixa da Avenida. Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Pedro Nepomuceno, os trabalhadores querem a abertura de negociação com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. A ideia é fechar acordos setor a setor para a redução de jornada. “Isso não vem acontecendo”, acusou Nepomuceno.

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, rebateu a acusação e assegurou que há negociações setoriais. “A Fiesp não é contra a redução. Somos a favor da negociação caso a caso. Muitos acordos já foram fechados, tanto que a média de horas trabalhadas é de 41 horas semanais”, disse o diretor.

O protesto de sindicalistas dissipou-se por meio das 12h30, mas pelo menos 40 pessoas permaneceram em frente à Fiesp e montaram cinco barracas. Segundo Nepomuceno, eles ficarão acampados por tempo indeterminado, até que haja negociação. O líder sindical disse ainda que a partir de segunda-feira (19) deve haver paralisações em fábricas do Estado com o objetivo de pressionar a indústria a negociar a redução da jornada (AE).