Os metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo paralisaram as atividades nesta quarta-feira, 8 de outubro, nas empresas de máquinas e equipamentos e de eletroeletrônicos, diante da postura dos sindicatos patronais destes dois setores – Sindimaq e Sinaees (Sind. Ind. de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares) – nas negociações salariais.
A greve foi notificada ao grupo patronal na semana passada, e referendada no dia 7 de outubro, na plenária dos 55 sindicatos de metalúrgicos do Estado, ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical, que representam 750 mil trabalhadores.
“O grupo patronal não sinalizou com proposta, contratou um escritório para negociar, ou seja, terceirizou a negociação, e na primeira negociação só uma parte dos negociadores compareceu e disse que os patrões ainda não tinham avaliado a pauta dos trabalhadores. Estamos parando as empresas, fazendo assembléias e buscando acordo direto com as fábricas”, afirma Miguel Eduardo Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Empresas que pararam neste dia 8 de outubro em São Paulo
Em São Paulo, foram paralisadas 16 empresas, com cerca de 11 mil trabalhadores, entre elas:
Metalfrio (zona sul, rua Abraão Gonçalves Braga, 412, km 12,5 da Via Anchieta)
Metalúrgica Schioppa (rua Álvaro do Vale, 99, Ipiranga)
Pasini Cia Ltda (av. Vila Ema, 1.140, zona leste)
Fargon Engenharia (rua Guaratiba, 181, Socorro, zona sul)
PTI Power Transmission (rua José Martins Coelho, 300, zona sul)
Beghim (rua Cantagalo, 2.187, zona leste)
Fame (rua Cajuru, 746, zona leste)
Bekum do Brasil (rua Ptolomeu, 493, Socorro, zona sul)
Weir do Brasil (rua João Ventura Batista, 622, V. Guilherme, zona norte)
TS Shara Técnica de Sistemas (rua Forte da Ribeira, 300, Pq. São Lourenço, zona leste)
Miguel Eduardo Torres, presidente do nosso Sindicato, esteve às 6h30 na Metalfrio. João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, esteve na Beghim . Elza Costa Pereira, tesoureira-geral do Sindicato, esteve às 7h na Schioppa.
A categoria tem data-base em 1º de novembro e reivindica:
* 20% de reajuste salarial (inflação + produtividade + produção)
* Valorização do piso salarial
* Fim das terceirizações
* Cumprimento da Convenção 158 da OIT – Organização Internacional do Trabalho (contra demissão imotivada)