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Metalúrgicos de Osasco e Força Sindical cobram melhores condições de trabalho

Polícia na Multiteiner após o desabamento. Foto: Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Gilberto Almazan, fez nesta quarta, 21 de setembro, um pronunciamento sobre as dez mortes ocorridas na terça, 20: nove após um desabamento na metalúrgica Multiteiner, em Itapecerica da Serra, e uma na empresa Cinpal, em Taboão da Serra.Gilberto ressaltou a falta de segurança dentro das empresas e a negligência do poder público em garantir um ambiente apropriado para os trabalhadores. Ele também falou que nos últimos anos o número de acidentes fatais desse tipo estão em ascensão. É uma situação que está relacionada ao desmonte dos Ministérios do Trabalho, da Saúde, da Justiça do Trabalho.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, central à qual o Sindicato é filiado, disse em nota que “recebeu com profundo pesar e consternação a notícia do tragédia” e também apontou que tragédias como esta estão relacionadas ao desmantelamento do Ministério do Trabalho e à progressiva destruição de direitos trabalhistas. “São mortes que poderiam ser evitadas se o poder público investisse em estruturas adequadas para promover fiscalizações nos locais de trabalho e se houvessem auditores fiscais em número suficiente para garantir o ambiente seguro para cada trabalhador”, diz a nota.

O Sindicato e a central tomarão todas as providências necessárias e poderão até organizar greves nas empresas onde ocorreram os acidentes se os órgãos envolvidos não se comprometerem a melhorar as condições de trabalho.

Leia aqui a nota da Força Sindical:

Nota sobre tragédia em Itapecerica da Serra (SP)

A direção da Força Sindical recebeu com profundo pesar e consternação a notícia do tragédia, na manhã de terça-feira (21) que levou à morte de ao menos nove trabalhadores e trabalhadoras e deixou feridas outras 28 pessoas, na empresa Multiteiner, em Itapecerica da Serra (SP), base do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, filiado à Força Sindical.

É importante ressaltar que tragédias como esta estão relacionadas ao desmantelamento do Ministério do Trabalho e à progressiva destruição de direitos trabalhistas. São mortes que poderiam ser evitadas se o poder público investisse em estruturas adequadas para promover fiscalizações nos locais de trabalho e se houvessem auditores fiscais em número suficiente para garantir o ambiente seguro para cada trabalhador.  

Nós da Força Sindical nos solidarizamos com as vítimas e seus familiares e nos prontificamos a, junto ao Sindicato, tomar as medidas necessárias para garantir apuração do caso e para que as vítimas e os familiares sejam atendidos e tenham o sofrimento amenizado.  

Exigimos que os órgãos competentes façam a fiscalização no local com urgência e que os responsáveis sejam punidos no rigor da lei.

São Paulo, 21 de setembro de 2022

Miguel Torres – Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes