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Metalúrgicos de São Paulo iniciam Campanha Salarial 2011

O Sindicato realizou nesta sexta-feira (dia 3), a primeira reunião preparatória da Campanha Salarial 2011, com a presença de cerca de 500 delegados e delegadas sindicais metalúrgicos. Antes da abertura do evento, os trabalhadores receberam um formulário onde deverão anotar as reivindicações que desejam ver incluídas na pauta a ser negociada com os patrões.

O encontro, realizado no auditório da entidade, na Liberdade, expôs para os trabalhadores dados da economia, como crescimento do PIB, massa salarial, rotatividade da mão de obra, produtividade, entre outros, fundamentais para o embate que será travado na campanha, na busca pelo aumento real de salário, melhoria do piso, jornada de 40h e outras bandeiras importantes.

“Informação e conhecimento são instrumentos para se tomar posição, chegar à mesa de negociação e exigir”, disse o presidente do Sindicato, Miguel Torres, acrescentando: “não vamos aceitar o discurso dos conservadores, de que salário provoca inflação, e vamos buscar nosso aumento e mais benefícios”.

Segundo o economista do Dieese (departamento econômico dos sindicatos), Altair Garcia, a rotatividade de mão de obra atinge cerca de 30% dos trabalhadores, o custo da mão de obra na indústria é de 6,93 dólares, o que coloca o Brasil em 10º lugar no ranking que inclui vários países, como a Alemanha (36,07 dólares) Japão, Coréia, perdendo apenas para o México.

Para o consultor sindical João Guilherme, esta reunião se propôs a planejar uma campanha, cuja data-base é daqui a cinco meses. “Abrimos a discussão mais cedo porque será uma campanha difícil, pelos problemas setoriais da indústria e políticos, que influenciam a vida do trabalhador”.

Segundo ele, o êxito da campanha depende da unidade em cada fábrica, em torno dos delegados, da diretoria, dos coordenadores, assessores e do presidente do Sindicato.

“Vamos fazer uma grande campanha salarial, com mobilização e a participação de todos”, afirmou o secretário-geral Arakém.

A diretora financeira, Elza Costa Pereira, disse que é preciso levar a sério as informações recebidas para se fortalecer na luta. “Esta será uma campanha difícil, com os patrões resistentes como sempre, mas vamos negociar com consciência e unidade.”

Ao final da reunião, Miguel Torres pediu um minuto de silêncio pelos trabalhadores do campo assassinados por defenderem o meio ambiente e denunciarem os desmatadores. 

Paulo Segura

Presidente MIGUEL TORRES colocou em votação a defesa das bandeiras de luta

Paulo Segura

Expressiva participação dos Delegados e Delegadas sindicais
Paulo Segura

ELZA PEREIRA disse que a informação fortalece a categoria
Jaélcio Santana

ARAKÉM, Secretário-Geral do Sindicato, destaca a importância da mobilização
Jaélcio Santana

Categoria mobilizada com o Sindicato para lutar pelo aumento real