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Metalúrgicos mantêm greve em duas fábricas e negociam com grupo 2 na 2ª

Diante da falta de negociação para o acordo salarial, trabalhadores de duas empresas metalúrgicas da capital vão ficar de braços cruzados até a próxima segunda-feira, na expectativa do fechamento do acordo. A greve acontece na Kato Estamparia, com 220 trabalhadores, na zona leste, e na M.T.U do Brasil, com 120 funcionários, na zona oeste. Ambas são fabricantes de máquinas. Foi nesta última empresa que, durante assembléia, dois diretores do Sindicato e três assessores foram levados para o 46º Distrito Policial, por alegação de desobediência.

Hoje, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo realizou assembléias de paralisação em 23 empresas e fechou mais seis acordos diretos, que garantem 11,1% de aumento salarial para os trabalhadores. As assembléias duraram de uma a duas horas e aprovaram estado de greve até a semana que vem.

NEGOCIAÇÃO – Na próxima segunda-feira, dia 13, o Sindicato promoverá novas assembléias, mas sem greves. “Vamos privilegiar a negociação com o grupo 2, marcada para segunda-feira, às 16h, na av. Paulista, 1313, 7º andar”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato. O Grupo 2 envolve o Sindimaq (máquinas e equipamentos) e o Sinaees (eletroeletrônicos).

Em três dias de paralisações, o Sindicato fechou 37 acordos, que beneficiam cerca de 5.060 trabalhadores.

A categoria, com data-base em 1º de novembro, reivindica aumento salarial, valorização do piso salarial, fim das terceirizações, cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (contra demissão imotivada). A campanha envolve 54 sindicatos metalúrgicos no Estado, que representam 750 mil trabalhadores.