Foto Jaélcio Santana
Miguel Torres: “momento é propício para a luta!”
Negociação e greves vão ser duas das estratégias dos metalúrgicos do Estado de São Paulo para pressionar as empresas do setor a reduzirem a jornada de trabalho para 40 horas semanais.
Esta foi uma das diretrizes definidas por dirigentes sindicais que participaram de reunião na Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, na quarta-feira (27 de janeiro).
A categoria vai encaminhar pauta de reivindicação aos grupos patronais e às empresas situadas na base territorial dos 53 sindicatos filiados à Federação. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes é um deles.
“O momento é propício para lutar pelas 40 horas. Estamos vendo as empresas contratando, fazendo hora extra”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato. Na base do Sindicato, 27% das empresas adotam jornada inferior a 44 horas.
Entre os benefícios identificados pelas entidades sindicais está a possibilidade de a redução da jornada gerar 2,2 milhões de empregos, segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), além da melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores.
Outra frente de trabalho da qual os metalúrgicos também participam é pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 231/95, que institui a jornada de 40 horas no País. A PEC depende de aprovação na Câmara para depois seguir ao Senado.
Por isto, a partir desta terça-feira, dia 2 de fevereiro, quando senadores e deputados federais voltam do recesso parlamentar de final de ano, as centrais sindicais prometem reunir centenas de trabalhadores no Congresso Nacional, em Brasília, para reivindicar a votação da PEC nos primeiros dias de trabalho da Casa.
“Vamos fazer o enfrentamento no Congresso”, disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, deputado federal (PDT-SP) e presidente da Força Sindical.
Paulinho defendeu a mobilização no Congresso Nacional
Arakém, secretário-geral do Sindicato,
na plenária que aprovou as estratégias de ação