Miguel Torres e Paulinho da Força
Representantes da Força Sindical e da CUT vão reunir-se nesta terça-feira, 27 de abril, às 15 horas, com o ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para discutir medidas que evitem demissões nos setores de autopeças, máquinas e eletroeletrônicos.
Autopeças – O setor de autopeças vem sofrendo com o aumento das importações, o que pode acarretar o fechamento de 28 mil postos de trabalho, segundo dados do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Por isto, os sindicalistas vão cobrar do governo o aumento na alíquota de importação para 35%. Atualmente, elas variam entre 14% e 16%, sem o redutor de 40%, que pode ser aplicado em cima das alíquotas.
A balança comercial deste setor revela um déficit crescente desde 2007, com previsão de déficit maior que 5 bilhões de dólares em 2012. O acumulado de dois meses deste ano já mostra déficit de 700 milhões de dólares. Os empregos, que já chegaram a 217 mil em 2007, hoje estão em 207 mil.
“Nossa preocupação é com os postos de trabalho que serão fechados, com a conivência do governo”, alerta o presidente do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Máquinas usadas – Queremos que os produtos estrangeiros sejam taxados de maneira racional. Mudanças na legislação, implantadas em 2009, facilitaram as importações, em detrimento do parque nacional. A importação de máquinas e equipamentos usados, além de contribuir para a defasagem competitiva do País, desloca entre 90 mil a 144 mil empregos no Brasil. Vale destacar que o setor de máquinas gera cerca de 240 mil empregos diretos, segundo dados da Abimaq.
“Nosso objetivo é evitar as importações dos produtos similares fabricados aqui. Imagine que além de comprar máquinas sucateadas teremos que comprar peças para recomposição importadas”, afirma o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Eletroeletrônicos – Os sindicalistas da Força também vão cobrar medidas para o setor de eletroeletrônicos, que terminou 2009 com retração de 9%, em comparação com 2008. Uma das alternativas é inibir as importações no setor com taxações mais altas. O setor emprega cerca de 165 mil trabalhadores. Eles vão pedir medidas compensatórias para alavancar o setor.
Agenda: Reunião de sindicalistas da Força Sindical com o Ministro Miguel Jorge
Local: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Esplanada dos Ministérios – Brasília
Horário: 15 horas
Por Assessorias de Imprensa da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Foto: Iugo Koyama.