Os cerca de 900 trabalhadores da Zanettini Barossi (empresa de autopeças localizada na Avenida Carioca, no Ipiranga) foram surpreendidos com o anúncio da Intermédica de romper o contrato do convênio médico ou de aumentar em mais de 100% o valor das mensalidades.
A Zanettini, por sua vez, na tentativa de substituir a operadora, fez a proposta de um novo convênio médico que, além de caro, possui atendimento inferior. Em protesto, os trabalhadores fizeram uma manifestação na segunda-feira, 15.
“O ato serviu para a empresa recuar e chamar o Sindicato para negociar uma nova saída para a questão”, informa o diretor do Sindicato, Luis Carlos de Oliveira, o Luisinho.
Em assembleia na sexta-feira, 19, os trabalhadores também recusaram a nova proposta apresentada pela empresa. “Os valores continuam altos para a categoria”.
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O diretor Luisinho é o representante da Força Sindical na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que é vinculada ao Ministério da Saúde e atua para ampliar a participação de toda a sociedade nas questões do setor.
Para Luisinho, a ANS precisa urgentemente debater e encontrar soluções para a questão dos convênios médicos oferecidos à classe trabalhadora.
“A Agência precisa regular também os contratos médicos coletivos, para evitar que os contratos sejam rompidos no momento do reajuste e que os trabalhadores sejam penalizados”, salienta Luisinho.
O diretor diz que a ANS entende que há “poder de barganha” entre as partes (empresa e operadoras) para definir os critérios e valores dos convênios coletivos. “Na prática, infelizmente, isto não ocorre. Este fato na Zanettini Barossi é um exemplo”.