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NOTA OFICIAL SOBRE DESEMPREGO E CRESCIMENTO DO PAÍS

É com preocupação que recebemos os dados divulgados hoje que revelam que a geração de empregos sofreu uma brusca queda de 23,5% no ano de 2011 em relação ao ano anterior e que a previsão de crescimento da economia brasileira deve ficar abaixo da média mundial nos próximos dois anos.

Tal situação não é obra do acaso e sim o resultado concreto da orientação econômica conservadora que tem marcado a atuação do governo, calcada em elevadas taxas de juros, na valorização do Real e numa política fiscal restritiva que penaliza o setor produtivo nacional, incentiva as importações e gera a desindustrialização do país. Até quando o país conviverá com maciças transferências de recursos para os especuladores quando precisamos de mais produção interna, geração de emprego e distribuição da renda para superar de vez a miséria e o desalento de milhões de brasileiros?

A projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) de crescimento de apenas 3% em 2011, ficando abaixo da média mundial, é um verdadeiro balde de água fria. Isto é um sério problema, visto que a cada ano entram no mercado de trabalho milhões de jovens, gerando mais demanda que não poderá ser absorvida pelo mercado. Vale lembrar que o desemprego é multiplicador de injustiça social, da desagregação familiar, da violência e da fome no País.

Alertamos que o crescimento pífio coloca a economia num patamar extremamente perigoso, diante das incertezas econômicas mundiais. O Brasil precisa tomar medidas para não importar essa crise. Nossa meta é fortalecer a luta por mais empregos e produção. Queremos juros baixos, valorização do trabalho e desenvolvimento nacional. Um país como o nosso, com urgente necessidade de crescer e se desenvolver, não pode se dar ao luxo de transferir enormes volumes de capital sob a forma de renda improdutiva.

Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
presidente da Força Sindical