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Assembleia na Deca em defesa dos empregos e direitos

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A luta dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes em defesa dos direitos trabalhistas ganhou fôlego depois da declaração do presidente da CNI, na semana passada, de que a jornada de trabalho no Brasil deveria ser de 80 horas semanais ou 12 horas diárias.

Em assembleia às 6h da manhã desta terça-feira (12), na Deca, na zona oeste da capital, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, criticou a postura do empresariado que, em meio à crise, busca de todas as formas tirar direitos e benefícios sociais e reforçou a importância da mobilização dos trabalhadores para combater os ataques e fazer prevalecer os direitos conquistados.

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Fotos Paulo Segura

“Vamos intensificar a campanha pela jornada de 40h semanais, sem redução e salário. Nossa meta é trabalho decente e salário digno e não a precarização do emprego. Temos dialogado com vários setores patronais no sentido de buscarmos alternativas para a retomada da produção e do emprego, mas para a confederação da indústria o que importa é flexibilizar a legislação trabalhista para acabar com direitos”, afirmou Miguel Torres.

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Arakém

A assembleia foi organizada pelo diretor Ceará, com participação do secretário-geral, Arakém, e apoio da equipe de assessores.

Na assembleia, os dirigentes falaram também da luta do Sindicato contra as demissões, em defesa da proposta de Renovação da Frota de Veículos e do documento Compromisso pelo Desenvolvimento, como alternativas para a retomada do crescimento.

Férias coletivas
Segundo Ceará, em função da paralisação das obras do setor da construção civil, a Deca vai dar férias coletivas de 10 dias para cerca de 50% dos 800 funcionários. “É uma forma de manter os empregos e baixar o estoque”, disse Ceará.

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Arakém, Ceará e Miguel Torres