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O “diálogo” do governo é, de fato, um monólogo

Sindicato Nacional dos Aposentados

Um dia após o encontro do Ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-geral da Presidência da República, com representantes sindicais, realizado na sede da Força Sindical, onde se sinalizou maior espaço para o diálogo com as entidades de classes, eis que o governo divulga que pretende alterar as regras de aposentadorias por invalidez e do auxílio-doença pagos pela Previdência Social.

Mais uma vez o governo busca equilibrar suas contas negativas, oriundas de má gestão, sobre os mais vulneráveis socialmente. Tornou-se método sórdido retirar ou suprimir direitos de aposentados, idosos e trabalhadores, enquanto se desonerou mais de 50 setores industriais, que se beneficiaram com mais de 70 bilhões de reais que deixaram de constar no orçamento federal.

A atitude do governo, que tenta se aproximar dos movimentos sociais, demonstra que a abertura do diálogo é mero recurso retórico, pois, de fato, o que acontece é um monólogo, em que as decisões são tomadas de forma unilateral. A impressão é que a concepção de diálogo, para o governo, é somente ouvir aquilo que lhe convém, descartando qualquer possibilidade para o verdadeiro debate e compartilhamento de ideias para assegurar condições dignas aos brasileiros.

O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos sempre esteve aberto ao diálogo, no entanto, há que se considerar que, durante os quase 5 anos de governo Dilma, nunca nos recebeu para debater e compartilhar propostas.

Os 28 milhões de aposentados e pensionistas, sem dúvida, nas próximas eleições, lembrar-se-ão daqueles que estão achatando ainda mais suas condições de vida e não darão ouvidos para o diálogo.