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Posse de Macaé na Força Sindical Regional marcada por críticas às reformas

Repúdio às reformas trabalhista e previdenciária, ‘fora Temer’ e ‘diretas já’ foram a tônica na posse do novo coordenador da Força Sindical (FS) na Baixada Santista, Macaé Marcos Braz de Oliveira.
No auditório do Sintracomos, a posse de seu presidente como coordenador da central na Baixada Santos, em foto de Vespasiano Rocha

O evento foi na manhã desta terça-feira (6), no sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), presidido por Macaé.

O auditório ficou praticamente tomado pelos representantes dos 43 sindicatos filiados à central na região, além de sindicalistas de São Paulo e outras cidades.

O vice-presidente do sindicato dos operários portuários de Santos, (Sintraport), Robson Gama dos Santos, foi empossado como coordenador adjunto de Macaé.

Os trabalhos foram presididos pelo presidente estadual da FS, Danilo Pereira da Silva, que iniciou o discurso criticando as reformas: “Vieram para tirar direitos dos trabalhadores e aposentados”.

Agressões
O presidente do sindicato dos químicos, Herbert Passos Filho, que coordenou a central por 12 anos na região, também criticou as reformas e o empenho do governo para aprová-las.

“As reformas passam de maneira covarde pelo Congresso Nacional, com apoio inclusive do governo paulista, que comete agressões absurdas e criminosas contra os trabalhadores”, disse.

Herbert referiu-se à violência da Polícia Militar (PM) contra o presidente Claudiomiro Machado ‘Miro’, diretores e militantes do Sintraport, presentes na posse: “Desceram da capital para agir aqui”.

Na greve de 28 de abril, Miro foi violentamente agredido pelo Batalhão de Ações Especiais (Baep) da PM, quando chegava ao sindicato, após participar de manifestação no Centro de Santos.

Metalúrgicos
O secretário-geral estadual da FS e diretor do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Carlos Augusto dos Santos ‘Carlão’, também criticou as reformas.

“Quem vota contra os trabalhadores não merece o nosso voto”, disse o sindicalista, referindo-se aos deputados federais e senadores que têm aprovado os projetos do governo.

“Pedem o voto do trabalhador, mas, quando chegam ao poder, descem o sarrafo no trabalhador. O companheiro Miro que o diga”, disse Carlão, que defendeu o ‘fora Temer’ e as eleições ‘diretas já’.

“Vamos fortalecer a greve de 30 de junho para derrubar esse governo golpista e ilegítimo, a serviço do grande capital, que se apossou do poder”, disse o metalúrgico.

Macaé
Depois de muitos discursos, quase não sobrou tempo para Macaé, que foi breve em suas palavras. Ele agradeceu ao trabalho de Herbert e enalteceu a unidade dos trabalhadores.

Macaé defendeu que, em vez da reforma da previdência, o governo cobre seus devedores: “Isso resolveria o problema, sem qualquer prejuízo aos trabalhadores e aposentados”.

O sindicalista defendeu também que o governo promova uma reforma tributária: “Para isso acontecer, precisamos estar organizados e mobilizados, exercendo forte pressão sobre o governo”.

O deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB), o prefeito de Cubatão Ademário Oliveira (PSDB), os vereadores Toninho Vieira (Cubatão PSDB), Bruno Orlandi (Santos PSDB) e Alfredo Moura (São Vicente Pros) prestigiaram o evento.