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Redução da jornada volta à pauta e empresários reagem


SÃO PAULO – Representantes de seis centrais sindicais – CUT, Força Sindical, CGTB, Nova Central, CTB e UGT – voltam a se reunir hoje, em Brasília, com o presidente da Câmara Federal, Michel Temer (PMDB-SP), para tentar estabelecer uma data para a votação da Proposta de Emenda Constitucional 231/95, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O encontro será no final da tarde, após reunião entre Temer e representantes de entidades empresariais, de acordo com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical. “A ideia é que a data de votação da emenda seja marcada amanhã [hoje].”

Ontem, A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) divulgaram nota argumentando que diversas experiências internacionais mostram que objetivo do projeto, aumento dos postos de trabalho, não será alcançado. “A medida, além de não criar emprego, comprometeria a competitividade brasileira, poderia reduzir os níveis de produção e as exportações e provocar o aumento de preços em numerosos produtos, bens de consumo e serviços”, diz a nota.

O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, argumenta ainda que a redução do período semanal de trabalho, de 48 para 44 horas, estabelecida pela Constituição de 1988, “não criou um emprego sequer”.

Aposentados

Aposentados e pensionistas de todo o País cobraram ontem a aprovação do projeto de lei que acaba com o fator previdenciário e o que vincula o percentual de reajuste dos benefícios as correções do salário mínimo estipuladas pelo Executivo. Eles foram homenageados em sessão solene, no Senado, em comemoração ao Dia Nacional do Aposentado, comemorado em 24 de janeiro.

O diretor de Organização da Nova Central Sindical, Isaac Neco, destacou que o fim do fator previdenciário é o tema principal na pauta de reivindicações. “Hoje, o salário está sendo devastado cada vez mais”, afirmou. Neco disse, ainda, que a equiparação salarial com os trabalhadores da ativa se faz necessário para evitar que a categoria continue a ter um aumento salarial irrisório.

PanoramaBrasil