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Reforma trabalhista irá ao Congresso em 2017, diz ministro

SÃO PAULO  –  O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, voltou a falar nesta quarta-feira que houve “mal entendido” em torno de sua declaração sobre uma possível jornada diária de trabalho de 12 horas e afirmou que a reforma trabalhista só será encaminhada ao Congresso no segundo semestre de 2017.

Ele justificou a postergação afirmando que a “quesEle justificou a postergação afirmando que a “questão é complexa e precisa da participação de todos os envolvidos”. “O presidente Michel Temer acerta em cheio quando decide concentrar todos os esforços na [resolução da] crise fiscal”, disse durante abertura de evento sobre a modernização das leis do trabalho em São Paulo. “O governo tem que centrar suas forças na resolução do drama fiscal, seu maior problema atualmente.”

Nogueira voltou a dizer que direitos adquiridos não serão “revogados”, mas “aprimorados”, e que não haverá supressão do 13º salário, do FGTS, das férias e do repouso semanal remunerado. “Nunca defendi supressão de diretos ou tampouco aumento de jornada para 12 horas porque seria um verdadeiro disparate”, declarou.

Nogueira falou por cerca de 15 minutos e deixou o evento. Sua assessoria informou que ele não conversaria com a imprensa, mas, já dentro do carro oficial, o ministro falou rapidamente com jornalistas. Questionado sobre o entendimento dentro do governo que levou à decisão de postergação do lançamento da reforma trabalhista e se, caso ela seja encaminhada ao Congresso apenas no segundo semestre do próximo ano, haveria tempo hábil para que ela fosse votada ainda na gestão Temer, o ministro apenas repetiu que o governo tem centrado suas atenções na resolução do problema fiscal.

Nogueira, que também não costumava fazer críticas à gestão anterior da presidente Dilma Rousseff, usou os dados do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais), que apontam perda de 1,5 milhão de vagas formais no país em 2015, para defender, durante sua fala, que “quem suprimiu o maior de todos os direitos, o direito ao emprego, foi o governo passado”.